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Bruxelas diz que embargo russo aos legumes europeus é "inaceitável"

Comissão Europeia diz que a medida, decretada na sequência do surto de infecções por E.coli, é "inaceitável". Carta de protesto já seguiu para Moscovo.

02 de Junho de 2011 às 12:22
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Depois de ter provocado 17 vítimas mortais e azedado as relações entre Madrid e Berlim, a bactéria E.coli promete agora desencadear uma guerra comercial entre a União Europeia (UE) e a Rússia.

No rescaldo da decisão de proibir temporariamente a importação de todos os vegetais e legumes frescos oriundos da UE, a Comissão Europeia enviou esta manhã uma carta de protesto ao Governo russo, em que acusa Moscovo de ter reagido de forma “inaceitável” ao surto de E.coli.

Na opinião de Bruxelas, trata-se de uma medida “completamente desproporcionada”, que viola as normas que regem o comércio internacional. Cerca de um quarto dos vegetais frescos exportados pelo conjunto dos países da UE destina-se à Rússia, que é o maior mercado externo dos produtores europeus, escreve a BBC.

A reacção do Executivo comunitário surgiu escassas horas depois de Moscovo ter anunciado que decidira alargar a todos os países da UE a proibição de importação de vegetais frescos que, no início da semana, impusera à Espanha e à Alemanha.

Mais de 1.500 pessoas já desenvolveram graves infecções gastrointestinais provocadas pela bactéria, e 17 pessoas morreram – 16 na Alemanha e uma na Suécia.

As autoridades alemãs haviam inicialmente responsabilizado pepinos importados da Espanha como sendo o veículo de transmissão da bactéria – que a Organização Mundial de Saúde disse esta manhã ser uma nova estirpe da E.coli – mas acabaram por descartar essa pista, desde o início refutada por Madrid.

Com Espanha e Alemanha em pé de guerra, e muitos países, como Portugal, a alegarem terem sido fortemente prejudicados pela vaga de pânico que fez cair a pique o consumo de pepinos e de legumes frescos em geral, Bruxelas tem agora de tentar apaziguar a “família” europeia e persuadir o maior mercado externo a não fechar as portas aos produtos europeus.

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