O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua taxa directora inalterada nos 3,25%, uma decisão que foi de encontro às previsões dos analistas, adiando para o próximo ano novas reduções do preço do dinheiro.

Desde o início deste ano, o BCE já efectuou reduções totais de 150 pontos base na sua taxa directora, na tentativa de impulsionar a economia europeia, evitando desse modo uma recessão.

No entanto, estas medidas não foram suficientes para fazer o produto interno bruto (PIB) da Zona Euro crescer mais que 0,1% no terceiro trimestre do ano, igualando a progressão verificada nos três meses anteriores.

A autoridade monetária europeia já adiantou que o actual nível das taxas de juro na Zona Euro é o «adequado» para garantir a expansão da economia no médio prazo, tendo sugerido que não pretende baixar os juros sem dispor de dados que confirmem o abrandamento da inflação.

O índice de preços no consumidor harmonizado (IPCH) da Zona Euro aumentou 2,1% em Novembro, um valor abaixo do esperado pelos analistas e dos 2,4% registado em Outubro.

O valor registado em Novembro foi o mais baixo dos últimos 18 meses, aproximando este indicador da meta de 2% traçada pelo BCE.

A instituição liderada por Wim Duisenberg acredita que a inflação europeia vai atingir os valores pretendidos a partir do início do próximo ano, sendo que a partir desse momento deverá ter mais espaço para produzir alterações ao nível da política monetária.

A reunião de hoje do BCE foi a última marcada para este ano com o objectivo de decidir sobre a política monetária da Zona Euro.