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BCE quer bancos com mais provisões para malparado

O BCE quer mais provisões para novo crédito malparado a partir de Janeiro e até Março de 2018 apresentará novas orientações aos bancos europeus para lidarem com o stock já existente.

Bruno Simão/Negócios
04 de Outubro de 2017 às 10:12
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Os bancos europeus terão de aumentar as provisões para fazer face a novo crédito malparado a partir do início do próximo ano e o BCE poderá vir a apresentar mais medidas para fazer face a cerca de 1 bilião de euros de malparado que ainda está no balanço dos bancos europeus, um problema em que Portugal se destaca no plano europeu com cerca de 30 mil milhões de euros em malparado, o que corresponde a 15 a 20% do total de crédito.

De acordo com uma proposta divulgada pelo banco central a 4 de Outubro e que estará em consulta pública até 8 de Dezembro, os bancos terão, a partir de 1 de Janeiro, dois anos para provisionar a 100% o novo crédito malparado (NPL) sem garantias, e sete anos para o fazer para a totalidade do novo malparado. Quanto ao "stock" já existente, o BCE diz que proporá novas medidas até ao final do primeiro trimestre de 2018.

"As instituições de crédito devem assegurar uma cobertura total da parte não garantida dos novos NPL ao fim de, no máximo, 2 anos e da parte garantida ao fim de, no máximo, 7 anos", lê-se no comunicado do BCE enviada à redacções.

Na mesma mensagem, o banco central explica que esta proposta complementa as orientações sobre este tema que já colocou no terreno em Março deste ano para o "stock" existente de crédito malparado, e que serão afinadas no final do primeiro semestre de 2018. "Muitas instituições de crédito realizaram progressos notáveis e elaboraram estratégias credíveis, incluindo planos de redução. Contudo, algumas instituições de crédito precisam ainda de proceder a melhorias (…) Antes do final do primeiro trimestre de 2018, a Supervisão Bancária do BCE comunicará as suas considerações relativamente a políticas complementares no sentido de resolver o problema dos actuais stocks de NPL".

Caixa, BCP e Novo Banco avançaram nas últimas semanas com uma plataforma para gestão conjunta de crédito malparado de grandes devedores (mais de 5 milhões de euros) expostos a várias instituições, e cujas empresas sejam consideradas viáveis.
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