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Mourinho Félix acredita que solução do malparado vai atrair investimento

CGD, Novo Banco e BCP estão a constituir um agrupamento complementar de empresas que irá gerir os créditos em comum em dificuldade, mas de empresas viáveis. O objectivo é estar em funcionamento no final do ano, admite Mourinho Félix à Reuters.

Miguel Baltazar
28 de Setembro de 2017 às 15:45
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A solução para o crédito malparado dos principais bancos, que passará por uma gestão conjunta entre CGD, BCP e Novo Banco, poderá contribuir para a atracção de investimento, tanto nacional como externo, segundo acredita o Governo.

 

"Será importante para atrair investimento, seja nacional seja internacional", de acordo com uma entrevista à Reuters dada pelo secretário de Estado das Finanças. Segundo Ricardo Mourinho Félix, a plataforma que será constituída vai permitir que as empresas visadas possam reestabelecer e atrair, assim, novos investidores.


Os três bancos, principais responsáveis pelo crédito malparado, vão criar um agrupamento complementar de empresas (ACE) que irá gerir os créditos em dificuldades de empresas que sejam considerados viáveis e que sejam comuns a duas das três instituições financeiras.

 

"Ao delegar este [trabalho] a apenas uma entidade, a capacidade de decidir [a reestruturação dos créditos malparados] vai acelerar e evitar a necessidade de negociações crédito a crédito entre os bancos", explica Mourinho Félix. "Em vez de negociar com dois ou três bancos ao mesmo tempo, o devedor vai negociar só com uma entidade", continua, na entrevista à Reuters, acrescentando ainda que aquele organismo vai decidir que empréstimos reestruturar com base no trabalho feito por um comité de banqueiros e especialistas independentes.

 

Com esta solução, o Governo não irá dar qualquer garantia estatal. "O processo está com os bancos, que estão já a preparar os documentos", diz Mourinho Félix. 

 

Segundo o responsável da pasta das Finanças, este agrupamento complementar de empresas, que na prática é a plataforma que irá agregar a gestão conjunta dos créditos (que permanecerão nos balanços dos bancos), deverá estar constituído até ao final do ano.

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