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Banco de Portugal corta previsões crescimento do PIB para menos de um terço

O Banco de Portugal reviu em forte baixa as perspectivas de crescimento da economia portuguesa este ano. O Produto Interno Bruto deverá expandir-se 0,5% em 2005, menos de metade do verificado em 2004 e menos de um terço do anteriormente estimado pelo banc

12 de Julho de 2005 às 11:30
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O Banco de Portugal reviu em forte baixa as perspectivas de crescimento da economia portuguesa este ano. O Produto Interno Bruto deverá expandir-se 0,5% em 2005, menos de metade do verificado em 2004 e menos de um terço do anteriormente estimado pelo banco central português.

De acordo com as previsões do Banco de Portugal, actualizadas hoje, a economia portuguesa vai apresentar uma expansão de 0,5% este ano, abaixo dos 1,6% que a autoridade monetária aguardava no Boletim Económico de Dezembro do ano passado.

A perspectiva para este ano representa também um acentuado abrandamento da economia nacional, pois o PIB cresceu 1,1% no ano passado. Para 2006 as previsões do Banco de Portugal também são mais pessimistas, pois está previsto um crescimento do PIB em 1,2%, abaixo dos 2% anteriormente projectados.

Esta revisão em baixa está em linha com o efectuado por vários institutos públicos para vários países da Zona Euro. Ainda hoje a União Europeia anunciou que vai rever em baixo as perspectivas de crescimento para os 12 países que partilham o euro, de 1,6% para 1,3%.

Assim, Portugal deverá continuar, segundo o cruzamento das duas projecções, a crescer abaixo dos seus parceiros da Zona Euro, afastando-se cada vez mais do processo de convergência que verificada nos finais da década passada.

As previsões do Banco de Portugal, hoje divulgadas, são as mais pessimistas para a economia nacional. O Governo, de acordo com o PEC entregue em Bruxelas, aguarda que a economia cresça 0,8% este ano e 1,4% em 2006.

Com estimativas mais antigas, a Comissão Europeia aguarda um crescimento de 1,1% no PIB deste ano e 1,7% em 2006, enquanto a OCDE estima uma subida de 0,7% em 2005 e 2,1% em 2006.

Exportações com forte revisão em baixa

Entre as várias componentes do PIB, as exportações verificam a maior revisão em baixa. O Banco de Portugal estima que as vendas das empresas portuguesas no exterior subam 2,7% este ano, quando em Dezembro aguardava um crescimento de 7,5% e em 2004 aumentaram 5,2%.

As importações também vão crescer menos que o esperado (3,3%) e a procura interna deverá aumentar 0,9%.

A formação bruta de capital fixo, que mede o investimento, deverá recuar 1,5% este ano, depois do aumento de 1,3% em 2004. Em Dezembro o Banco de Portugal antevia um crescimento de 1,7% nesta rubrica.

Apesar de ter revisto em baixa a previsão de crescimento do PIB, o Banco de Portugal aumentou as perspectivas para a evolução do consumo privado, que deverá crescer 2% este ano, e do consumo público, que deverá aumentar 1,1%.

As expectativas para a inflação foram revistas em alta, com o Banco de Portugal a antever agora um crescimento de 2,3% no índice de preços do consumidor em 2005, e de 3% em 2006. Antes as projecções apontavam para um crescimento de 2,1% este ano e 2% em 2006.

O Banco de Portugal aguarda um agravamento no défice da balança corrente e de capital de 5,9% do PIB em 2004 para 7% este ano e 7,6% em 2006.

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