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Banco de Portugal: António Borges era "rigoroso e conhecido pela frontalidade das suas posições"
O economista António Borges, hoje falecido, foi um homem "rigoroso e conhecido pela frontalidade das suas posições", afirma no comunicado de condolências à família, o Banco de Portugal.
António Borges, de 63 anos, que morreu hoje em Lisboa, foi vice-governador do Banco de Portugal, entre 1990 e 1993, e "um dos mais proeminentes economistas portugueses, tendo contribuído para reforçar a capacidade analítica e o prestígio internacional do Banco", lê-se no mesmo documento.
O Banco considera "prematura" a morte do "homem inteligente, rigoroso e conhecido pela frontalidade das suas posições". "António Borges enfrentou a adversidade com enorme coragem, continuando a trabalhar até ao fim da sua vida", lê-se no comunicado da instituição.
António Borges desempenhou funções de consultor do Tesouro dos Estados Unidos e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos) e de director do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional. "No ensino, granjeou prestígio internacional, tendo-se destacado como professor catedrático, particularmente como reitor da INSEAD, uma das mais importantes escolas de negócios europeias", afirma o Banco de Portugal.
A instituição liderada por António Costa afirma que o economista hoje falecido também "se destacou na área financeira e no mundo empresarial".
O consultor do Governo para as privatizações, António Borges morreu hoje de manhã em Lisboa aos 63 anos. O economista sofria de cancro no pâncreas desde 2010, altura em que trabalhava no FMI.
António Borges liderava, a pedido do primeiro-ministro, Pedro passos Coelho, uma equipa para acompanhar junto da 'troika' os processos de privatização, as renegociações das parcerias publico privadas, a restruturação do sector empresarial do Estado e da banca.
O corpo de António Borges é hoje velado na Basílica da Estrela, em Lisboa, de onde sairá o funeral no domingo.