Notícia
Banco do Japão mantém principais medidas da política monetária
O Banco do Japão optou por manter as principais medidas da política monetária, como previram analistas, apesar de declarações do governador que pareciam indicar uma mudança num futuro próximo.
22 de Setembro de 2023 às 08:39
O banco central japonês (BoJ) decidiu esta sexta-feira, por unanimidade, no final da reunião mensal de dois dias sobre política monetária, manter a taxa de juro das obrigações de curto prazo em -0,1% e continuar as compras ilimitadas de obrigações para orientar os rendimentos a 10 anos para 0%.
No que respeita à curva de rendimentos das obrigações de longo prazo, o banco central japonês manteve o intervalo de flutuação desejável para a instituição em 0,5%, limite máximo fixado no final do ano passado, alimentando a especulação de uma mudança de rumo na política, ainda por concretizar.
O BoJ correspondeu assim às previsões dos analistas, apesar de o atual governador da instituição, Kazuo Ueda, ter dado uma entrevista ao jornal Yomiuri em que parecia apontar para uma mudança de política.
Ueda, que assumiu o cargo em abril passado, disse então ser possível que até ao final do ano tivessem informação suficiente para considerar se os salários vão continuar a subir e decidir sobre a política monetária.
O índice de preços no consumidor do Japão subiu 3,1% em agosto, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Governo, e deverá fechar o ano em cerca de 4%, o dobro do objetivo do BoJ, de 2%.
Mas o BoJ considera que esta inflação é de natureza importada e transitória, devido à subida global do preço das matérias-primas e da energia, não refletindo uma revitalização da economia japonesa capaz de assimilar uma subida das taxas.
A divergência entre a política monetária do BoJ e a de outras instituições de referência, como a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, conduziu a uma forte desvalorização da moeda japonesa face ao dólar e ao euro desde o ano passado.
Após o anúncio, hoje, da manutenção da política monetária, a moeda japonesa registou uma forte queda em relação ao dólar, para 148 ienes por dólar.
No que respeita à curva de rendimentos das obrigações de longo prazo, o banco central japonês manteve o intervalo de flutuação desejável para a instituição em 0,5%, limite máximo fixado no final do ano passado, alimentando a especulação de uma mudança de rumo na política, ainda por concretizar.
Ueda, que assumiu o cargo em abril passado, disse então ser possível que até ao final do ano tivessem informação suficiente para considerar se os salários vão continuar a subir e decidir sobre a política monetária.
O índice de preços no consumidor do Japão subiu 3,1% em agosto, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Governo, e deverá fechar o ano em cerca de 4%, o dobro do objetivo do BoJ, de 2%.
Mas o BoJ considera que esta inflação é de natureza importada e transitória, devido à subida global do preço das matérias-primas e da energia, não refletindo uma revitalização da economia japonesa capaz de assimilar uma subida das taxas.
A divergência entre a política monetária do BoJ e a de outras instituições de referência, como a Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, conduziu a uma forte desvalorização da moeda japonesa face ao dólar e ao euro desde o ano passado.
Após o anúncio, hoje, da manutenção da política monetária, a moeda japonesa registou uma forte queda em relação ao dólar, para 148 ienes por dólar.