Notícia
Japão: Funcionários públicos em vias de ter maior aumento salarial em mais de 20 anos
Proposta prevê uma revisão em alta da média salarial dos funcionários públicos na ordem dos 2,7% no atual ano fiscal. Um valor que inclui uma subida do vencimento base de 0,96%, a maior registada em 26 anos.
Os funcionários públicos do Japão podem vir a ter o maior aumento salarial em mais de duas décadas, na sequência de subidas históricas no setor privado acordadas durante as negociações da primavera.
A Autoridade Nacional de Pessoal do Japão recomendou, esta segunda-feira, uma revisão em alta da média salarial dos funcionários públicos na ordem dos 2,7% no atual ano fiscal. Um valor que inclui uma subida do vencimento base de 0,96%, a maior registada em 26 anos, segundo a agência Bloomberg.
Com o primeiro-ministro nipónico, Fumio Kishida, a apelar a uma subida salarial acima da inflação, há trabalhadores de determinados ramos de atividade que conseguiram garantir um aumento de até 3,58% durante as negociações anuais deste ano, de acordo com os números do maior sindicato do país, o Rengo.
Os níveis salariais também devem crescer para os trabalhadores sem contrato e que recebem à hora, já que um painel de consultores do Ministério do Trabalho acordou, no final do mês passado, em elevar a média nacional do salário mínimo em 4,3% para mais de 1.000 ienes (6,39 euros) por hora pela primeira vez, naquele que será o maior impulso desde que há registos oficiais, ou seja, desde 1978.
Esta mudança, que deve acontecer em outubro, vai afetar aproximadamente 20% dos trabalhadores, segundo uma estimativa do JPMorgan, citada pela Bloomberg.
Estes progressos em matéria de vencimentos constituem um bom presságio para o Banco do Japão, cujo governador tem vindo a monitorizar de perto a subida dos rendimentos considerando-a um fator-chave para determinar as probabilidades de se alcançar uma inflação de 2% de forma sustentada. Kazuo Ueda tem repetidamente afirmado que, por enquanto, ainda há uma distância a percorrer para que esse objetivo seja atingido, dando a entender que o banco central irá manter a sua postura acomodatícia por algum tempo.
As recomendações salariais para a função pública este ano focam-se na melhoria dos vencimentos para os trabalhadores mais jovens, incluindo propostas para elevar os ordenados iniciais em 8% para aqueles que começam a trabalhar depois de concluírem o ensino secundário e na ordem dos 6% para os que acabaram de completar o ensino superior.
O governo nipónico sugere ainda a revisão da lei no sentido de permitir que mais funcionários possam tirar três dias de folga por semana, alargando o universo para lá dos que precisam de prestar cuidados, designadamente a crianças.
O Ministério das Finanças do Japão estima que estas recomendações para os pagamentos da função pública, aplicáveis a 282 mil trabalhadores, venham a resultar num encargo adicional na ordem dos 172 mil milhões de ienes (1,1 mil milhões de euros).
O governo planeia apresentar uma proposta para estas mudanças durante a próxima sessão extraordinária do parlamento (Dieta).
A Autoridade Nacional de Pessoal do Japão recomendou, esta segunda-feira, uma revisão em alta da média salarial dos funcionários públicos na ordem dos 2,7% no atual ano fiscal. Um valor que inclui uma subida do vencimento base de 0,96%, a maior registada em 26 anos, segundo a agência Bloomberg.
Os níveis salariais também devem crescer para os trabalhadores sem contrato e que recebem à hora, já que um painel de consultores do Ministério do Trabalho acordou, no final do mês passado, em elevar a média nacional do salário mínimo em 4,3% para mais de 1.000 ienes (6,39 euros) por hora pela primeira vez, naquele que será o maior impulso desde que há registos oficiais, ou seja, desde 1978.
Esta mudança, que deve acontecer em outubro, vai afetar aproximadamente 20% dos trabalhadores, segundo uma estimativa do JPMorgan, citada pela Bloomberg.
Estes progressos em matéria de vencimentos constituem um bom presságio para o Banco do Japão, cujo governador tem vindo a monitorizar de perto a subida dos rendimentos considerando-a um fator-chave para determinar as probabilidades de se alcançar uma inflação de 2% de forma sustentada. Kazuo Ueda tem repetidamente afirmado que, por enquanto, ainda há uma distância a percorrer para que esse objetivo seja atingido, dando a entender que o banco central irá manter a sua postura acomodatícia por algum tempo.
As recomendações salariais para a função pública este ano focam-se na melhoria dos vencimentos para os trabalhadores mais jovens, incluindo propostas para elevar os ordenados iniciais em 8% para aqueles que começam a trabalhar depois de concluírem o ensino secundário e na ordem dos 6% para os que acabaram de completar o ensino superior.
O governo nipónico sugere ainda a revisão da lei no sentido de permitir que mais funcionários possam tirar três dias de folga por semana, alargando o universo para lá dos que precisam de prestar cuidados, designadamente a crianças.
O Ministério das Finanças do Japão estima que estas recomendações para os pagamentos da função pública, aplicáveis a 282 mil trabalhadores, venham a resultar num encargo adicional na ordem dos 172 mil milhões de ienes (1,1 mil milhões de euros).
O governo planeia apresentar uma proposta para estas mudanças durante a próxima sessão extraordinária do parlamento (Dieta).