Notícia
Após pagar 24 mil euros a Varoufakis, RAI proíbe remuneração a políticos
Depois de ter pago 24 mil euros e uma viagem de avião em primeira classe a Yanis Varoufakis pela sua participação num programa do canal RAI 3, a direcção da estação estatal decidiu proibir o pagamento de honorários a políticos.
A revelação, por parte de Yanis Varoufakis, dos honorários auferidos pela participação em conferências e programas televisivos, entre os quais na RAI 3, levou a direcção da RAI, depois de se ter reunido esta quinta-feira, 29 de Outubro, a "reforçar a proibição" do pagamento de honorários a políticos.
Ontem o ex-ministro grego das Finanças reagiu à notícia em que o tablóide Proto Thema revelava que Varoufakis cobrava elevados honorários para participar enquanto orador em palestras, apresentando os rendimentos auferidos neste tipo de acção. E depois de acusar aquele semanário grego de "difamação", aproveitou para esclarecer que nas últimas 25 participações em conferências e programas televisivos apenas recebeu honorários em cinco ocasiões.
Entre os quais estava um honorário de 24 mil euros, já depois de feitos os descontos para o Fisco e Segurança Social de Itália, e ainda uma viagem de avião em primeira classe, pagos pela RAI 3 no âmbito da participação de Varoufakis, a 27 de Setembro, no programa televisivo "Che tempo che fa".
De acordo com o jornal La Repubblica, confrontada com esta informação, a direcção da RAI reuniu-se hoje tendo acordado emitir uma "directiva que serve para reforçar a proibição", abrangente a todos os canais da estação pública, do "pagamento de compensações a políticos que participem em transmissões televisivas e radiofónicas".
A directiva é também extensível a todas as sociedades responsáveis pela produção de programas para a estação pública. O programa "Che tempo che fa" é produzido para a RAI 3 pela Endemol. No entanto, a RAI também se demite de responsabilidades argumentando que a negociação do pagamento a Varoufakis ficou a cargo da própria Endemol.
O polémico professor de Economia fez mesmo estalar a polémica em Itália. Além das críticas já feitas por alguns partidos da oposição aos gastos sumptuosos realizados pela estação pública, uma associação zeladora dos direitos dos consumidores (Codacons) apresentou esta manhã uma queixa junto do equivalente ao Tribunal de Contas italiano. Onde além de criticar o valor excessivo pago a Varoufakis, acusa o Estado transalpino de "delegar a empresas externas formatos que poderia realizar com meios próprios".
A Codacons pede também que seja aberto um inquérito "para verificar qual o custo total da colaboração de Varoufakis com a RAI, desde 'cachet' aos serviços concedidos pela estação".
Ontem o ex-ministro grego das Finanças reagiu à notícia em que o tablóide Proto Thema revelava que Varoufakis cobrava elevados honorários para participar enquanto orador em palestras, apresentando os rendimentos auferidos neste tipo de acção. E depois de acusar aquele semanário grego de "difamação", aproveitou para esclarecer que nas últimas 25 participações em conferências e programas televisivos apenas recebeu honorários em cinco ocasiões.
De acordo com o jornal La Repubblica, confrontada com esta informação, a direcção da RAI reuniu-se hoje tendo acordado emitir uma "directiva que serve para reforçar a proibição", abrangente a todos os canais da estação pública, do "pagamento de compensações a políticos que participem em transmissões televisivas e radiofónicas".
A directiva é também extensível a todas as sociedades responsáveis pela produção de programas para a estação pública. O programa "Che tempo che fa" é produzido para a RAI 3 pela Endemol. No entanto, a RAI também se demite de responsabilidades argumentando que a negociação do pagamento a Varoufakis ficou a cargo da própria Endemol.
O polémico professor de Economia fez mesmo estalar a polémica em Itália. Além das críticas já feitas por alguns partidos da oposição aos gastos sumptuosos realizados pela estação pública, uma associação zeladora dos direitos dos consumidores (Codacons) apresentou esta manhã uma queixa junto do equivalente ao Tribunal de Contas italiano. Onde além de criticar o valor excessivo pago a Varoufakis, acusa o Estado transalpino de "delegar a empresas externas formatos que poderia realizar com meios próprios".
A Codacons pede também que seja aberto um inquérito "para verificar qual o custo total da colaboração de Varoufakis com a RAI, desde 'cachet' aos serviços concedidos pela estação".