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Varoufakis vai a Coimbra dar "lição" sobre democracia

O ex-ministro grego das Finanças vai falar no próximo dia 17 no CES dirigido por Boaventura Sousa Santos.

Bloomberg
07 de Outubro de 2015 às 16:13
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O ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis vai estar no dia 17 de Outubro na Universidade de Coimbra para falar sobre a "Democratização da Zona Euro", no arranque dos programas de doutoramento do Centro de Estudos Sociais (CES), dirigido por Boaventura Sousa Santos.


De acordo com a informação veiculada pelo CES da Universidade de Coimbra, o economista será o conferencista convidado da aula inaugural dos doutoramentos que o centro desenvolve em parceria com outras universidades portuguesas e estrangeiras.


O ex-governante grego decidiu a imposição de controlo de capitais no país e demitiu-se no dia 6 de Julho, depois de o "não" ter vencido o referendo como o próprio defendia e antes de a Grécia chegar a acordo com o Eurogrupo para um novo resgate ao país.

Segundo a nota biográfica do CES, Yanis Varoufakis nasceu em Atenas a 24 de Março de 1961 e tem dupla nacionalidade, grega e australiana. Licenciou-se em Matemática e Estatística e doutorou-se em Economia na Universidade de Essex (Reino Unido), em 1987, onde prosseguiu a carreira como professor de Economia e Econometria. Depois de leccionar também em East Anglia, Cambridge, Glasgow, Texas e Sydney, decidiu em 2000 regressar à Grécia para ensinar Teoria Económica na Universidade de Atenas.

"Os seus temas de interesse centram-se sobre as questões relacionadas com a calamidade em curso na Grécia, a Zona Euro, o futuro da Europa, a economia global (especialmente no contexto da crise de 2008), o pensamento económico, o dinheiro digital e as tendências no capitalismo contemporâneo", destaca o CES.

As mais recentes do FMI, divulgadas esta semana, são marcadamente mais pessimistas do que eram há seis meses em relação è evolução da economia grega. Em Abril, o Fundo esperava que a economia helénica crescesse 2,5% em 2015 e disparasse 3,7% em 2016, o que a colocava entre os países como melhor comportamento da Zona Euro. Actualmente, antecipa uma recessão de 2,3% este ano e uma recuperação que ainda não chegará em 2016, ano para o qual o FMI prevê um novo recuo do PIB, de 1,3% e desemprego a subir acima de 27%. Ou seja, segundo Washington, o que aconteceu nos últimos seis meses na Grécia, provocará mais dois anos de recessão e mais gente sem trabalho.

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