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Apoio de Figo a Sócrates pago por empresa pública

Escutas a Armando Vara revelam que encontro entre o ex-futebolista e o candidato socialista, no último dia da campanha eleitoral, terá custado 75 mil euros, pagos por dinheiro saído de um "saco azul" de uma empresa pública.

20 de Novembro de 2009 às 09:36
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Escutas a Armando Vara revelam que encontro entre o ex-futebolista e o candidato socialista, no último dia da campanha eleitoral, terá sido pago por dinheiro saído de um "saco azul" de uma empresa pública.

De acordo com o Correio da Manhã, a PJ de Aveiro interceptou conversas entre José Sócrates e o arguido no processo Face Oculta, em que os dois falavam dos contornos da negociação para pagar a presença de Luís Figo num pequeno almoço num hotel de Lisboa, onde anunciou o apoio a José Sócrates a 25 de Setembro.

Os investigadores acreditam tratar-se de uma combinação de um financiamento ilegal, já que seria feita uma engenharia financeira numa empresa do Estado para custear os 75 mil euros.

Avança ainda o CM que “outras acções do PS poderão ter sido financiadas por ‘sacos azuis’ das empresas de capitais públicos ou sob a influência acções que dão um especial poder ao Estado (golden-share)”.

O assessor do ex-jogador do Inter de Milão contrapõe que “não há qualquer envolvimento de Figo numa operação paga”.

Ainda no âmbito do caso Face Oculta, o jornal “Público” escreve em manchete que as escutas do processo não gravaram a alegada conversa entre Vara e o empresário Manuel Godinho, em que o vice-presidente do BCP terá pedido 10 mil euros.

Citando fontes que consultaram o processo, o jornal escreve que nos mais de 20 volumes do processo não constam as intercepções deste encontro, que se terá realizado a 25 de Maio na sede do banco.

Entretanto, a edição do "Sol" avança que as escutas telefónicas a Armando Vara com Sócrates não serão destruídas.
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