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António Costa: novo hospital vai “criar nova centralidade na zona oriental” de Lisboa

Presidente da câmara de Lisboa mostrou ser defensor da construção do novo hospital de Todos os Santos em Marvila. Por um lado porque vai permitir integrar a zona oriental na malha urbana da cidade, e por outro porque o novo hospital vai ser bem melhor, garante.

Pedro Elias/Negócios
27 de Fevereiro de 2014 às 01:35
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O novo hospital de Lisboa Oriental, ou de Todos os Santos, vai ser uma oportunidade boa para a capital, assegura António Costa. Primeiro, porque a nova unidade hospital terá “melhor qualidade, estará mais perto das pessoas e terá melhores acessos” do que os actuais hospitais da colina de Santana. Por outro lado, o encerramento de hospitais como São José ou Capuchos vai permitir “densificar o centro da cidade”.

 

O presidente da câmara de Lisboa explicou esta noite, num debate organizado pela concelhia do PS da capital, que não fazem sentido as críticas à localização escolhida para o novo hospital. “Hoje, o grosso da população está nesta zona” oriental, defendeu. Por outro lado, “os hospitais têm de estar junto da rede de estradas para melhor servirem as populações”. “Hoje ninguém instalaria nenhum hospital” na zona da colina de Santana, observou, devido às dificuldades de acesso que existem.

 

A instalação do hospital em Marvila vai permitir inserir esta zona “na malha urbana da cidade”. “Não basta construir estradas e meter lá o metro para uma zona ser integrada na malha urbana da cidade”, sublinhou. Isso consegue-se ao “instalar serviços de primeiro nível”, como hospitais. O novo hospital será bem melhor que os actuais, destacou, precisamente porque será mais acessível, terá metro à porta e será novo, ao passo que os actuais hospitais são de difícil acesso e estão muito degradados.

 

Por outro lado, como Todos os Santos vai absorver o hospital de São José, Capuchos e Santa Marta, cria-se uma oportunidade “para a regeneração desta parte da cidade de Lisboa”, a colina de Santana. “Para termos uma cidade com mais pessoas e mais emprego, temos de recapacitar o espaço vazio com funções contemporâneas e de futuro”, sublinhou.

 

Sobre a intenção de construir um museu da Medicina nesta zona, comentando propostas para o instalar no já desactivado hospital Miguel Bombarda, Costa mostrou não morrer de simpatias pela ideia. “Quando vejo toda a gente a produzir ideias para museus, interrogo-me sobre quem os vai pagar”, atirou.

 

Colina de Santana pode ser uma zona habitacional de excelência

 

O vereador do Urbanismo também interveio neste debate, que juntou alguns dos presidentes de junta da zona. Manuel Salgado explicou que vão passar para as mãos de município espaços com valor patrimonial num total de 36 mil metros quadrados, o que é “descomunal”. O vereador admite que “o que é difícil é encontrar usos que justifiquem a manutenção dos equipamentos sem que eles fiquem ao abandono”, admitiu.

 

Quanto à colina de Santana, trata-se de uma zona com “uma situação geográfica excepcional”, como um “istmo mesmo em cima da baixa”, entre as avenidas da Liberdade e Almirante Reis. “É uma área relativamente isolada, mesmo sendo central. O que aparentemente pode ser uma debilidade pode também ser uma grande virtude para criar uma zona habitacional”, antevê o vereador.

 

Os projectos imobiliários que a dona dos terrenos, a Estamo, encomendou para os hospitais de Santa Marta, Capuchos, São José e Miguel Bombarda prevêem a construção de hotéis, silos automóveis e blocos de edifícios para habitação. Salgado admite que se possam captar fundos europeus para a intervenção na zona.

 

Estes hospitais serão todos desactivados e transferidos para o novo hospital de Todos os Santos.

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