Na antiga Fil em Lisboa, onde esta tarde decorre a sessão de encerramento do Mais Sociedade, o coordenador António Carrapatoso disse que o movimento irá elaborar um relatório com a súmula de propostas que entregará ao líder do PSD, Pedro Passos Coelho, mas resumiu as “ideias-mestras” destas recomendações.

“Não podemos continuar a prosseguir as políticas do passado, que tão mau resultado deram”, disse Carrapatoso, sublinhando não só as más políticas mas também a “má gestão da coisa pública”. De seguida, detalhou que “os principais responsáveis da situação a que chegamos
devem ser plenamente responsabilizados”.

“Além do estímulo ao crescimento económico, os recursos públicos têm de ser bem geridos”, disse, frisando que este mau uso dos recursos é uma “inaceitável afronta e desrespeito pelo cidadão”.

Esta ideia, apontada por Pedro Passos Coelho que está presente na sessão, surge no mesmo dia em que o Expresso publicou uma entrevista de Eduardo Catroga, que está a elaborar o programa eleitoral do PSD, em que afirma que “o fartar vilanagem de Sócrates foi uma tragédia nacional” e que “as gerações mais jovens deviam pôr este Governo em
tribunal”.

Entre as restantes ideias gerais que António Carrapatoso deixou esta tarde está a de que “o trabalho e a poupança devem ser valorizados”, de uma “maior igualdade na distribuição de rendimentos e uma justiça que funcione”. “Os mais jovens e qualificados não podem continuar a emigrar” e “os mais velhos não podem continuar a ser abandonados”.

O responsável do Mais Sociedade concluiu dizendo que “o País está em situação de coma e só agora chegarão os medicamentos mais fortes impostos pelo exterior”.