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Anti-semitismo aumentou na Polónia nos últimos dois anos

A Polónia tem visto aumentar o anti-semitismo ao longo dos últimos dois anos, em parte alimentado pela crise de migrantes na Europa, segundo um estudo divulgado na terça-feira.

Reuters
25 de Janeiro de 2017 às 00:50
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O Centro de Pesquisa sobre o Preconceito da Universidade do Centro de Varsóvia refere que a aceitação do discurso de ódio anti-semita, especialmente entre os jovens polacos na Internet, aumentou entre 2014 e 2016 em relação a anos anteriores.

 

Segundo o estudo - baseado numa amostra de 1.000 adultos e 700 jovens -, apenas 23% dos polacos declarou atitudes positivas em relação ao povo judeu em 2016, contra os 28% registados em 2015.

 

Os investigadores atribuem o aumento devido a um pico de fobia ao Islão e a sentimentos anti-migrantes desencadeados pela pior crise migratória da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

 

Os investigadores da Universidade de Varsóvia concluíram que o "medo aos muçulmanos que surgiu entre 2014 e 2016 aumentou os sentimentos negativos em relação aos judeus entre as pessoas, independentemente da sua idade ou filiação política".

 

O estudo refere que 37% dos entrevistados expressaram atitudes negativas em relação a judeus em 2016, em comparação com os 32% registados em 2015.

 

Segundo o estudo, 56% dos entrevistados disseram que não aceitariam um judeu na sua família, o que representa um aumento de quase 10% em relação a 2014. Quase 32% dos entrevistados disseram que não queriam vizinhos judeus, em comparação com os 27% registados em 2014.

 

A comunidade judaica na Polónia, com uma população de 38 milhões, tem menos de 10.000 pessoas.

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