As vendas de automóveis aumentaram 1% em Maio, um crescimento que a ACAP explica em parte com a antecipação de compras decorrente do aumento da taxa de IVA que incide sobre os automóveis, de 19% para 21%, já no próximo mês de Julho.

Segundo a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), em Maio foram vendidos 25.891 veículos ligeiros, um aumento de 1% face ao mesmo mês do ano passado. Com a subida de Maio, o total de vendas no acumulado deste ano aumentou 1,3%, para 118.465 unidades.

Em Maio, as vendas de ligeiros de passageiros aumentaram 3,1% para 20.051 unidades.

A ACAP explica que este aumento poderá ter «ficado a dever-se à alteração da série de matrículas (agora do tipo 00-AA-00) que se verificou nos últimos dias do mês e que coincidiu com um acréscimo da procura e a uma eventual antecipação de compras decorrentes do previsível aumento da taxa do IVA».

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento da taxa máxima do IVA de 19 para 21%, que entrará em vigor a partir de 1 de Julho. É pois natural que em Maio os consumidores tenham antecipado a aquisição de automóveis, evitando assim pagar uma taxa de IVA mais elevada.

Este mês deverá acentuar-se esta tendência de antecipação de compras, pois será o último em que os automóveis serão vendidos com uma taxa de IVA de 19%. Em termos acumulados no ano, as vendas de ligeiros de passageiros aumentaram 3%.

Relativamente aos veículos comerciais ligeiros, foram transaccionadas 5.840 unidades em Maio de 2005, ou seja, menos 5,3% que em igual período do ano anterior.

Em termos de marcas, a Renault continua a ser a marca mais vendida em termos acumulados no ano, com uma quota de mercado de 14,57%, apesar da descida de 4,1% nas vendas.

A Opel foi a marca mais vendida em Maio, com uma quota de mercado de 15,32% e subida de vendas de 10,5%. No mês passado as vendas da Renault subiram 16,8% e a sua quota de mercado ficou nos 14,68%.

A Volkswagen, comercializada pela SAG em Portugal, continua a ver as suas vendas a descer, com uma quebra de 31,9% em Maio, e de 29,8% nos primeiros cinco meses deste ano.