Notícia
AEP critica Governo em relação à produtividade
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) acusa o Governo de adoptar uma postura diferente relativamente às empresas dos sectores público e privado, no que diz respeito à questão da produtividade.
A AEP critica a diminuição do horário de trabalho para 35 horas semanais e o aumento dos dias de férias para os trabalhadores da EPAL- Empresa Portuguesa de Águas Livres, empresa de capitais públicos, até Outubro de 2004.
«É inaceitável que o Governo permita este tipo de actuação das empresas que tutela, fazendo no sector público exactamente o contrário do que pede ao sector privado», afirma a AEP, no referido comunicado.
A AEP sublinha que serão «mais que prováveis» pressões para uniformizar esta situação e que esse movimento «estará completamente desajustado» face à situação da economia nacional, que «reclama um esforço no sentido de um aumento generalizado da produtividade, tanto no sector privado como no público».
Segundo a AEP, o aumento da competitividade e da produtividade é «uma tarefa nacional, que tem de ser assumida pelo Estado e pelas empresas, incluindo aquelas em que este tem participações de capital».
A AEP considera que os «fracos ganhos» conseguidos nos últimos anos relativamente à produtividade em Portugal têm impedido a convergência económica e salarial face aos restantes países da União Europeia (UE).
Portugal é o país da União Europeia que apresenta o mais baixo índice de produtividade.