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De Bombaim a Ahmedabad, gigantes em rápida mudança

Alguns dos maiores grupos indianos aproveitam as mudanças em curso no país para investirem na transformação do negócio e ganharem novo fôlego. Em causa está, nomeadamente, a aposta na economia verde e nas infraestruturas.
Vítor Rodrigues Oliveira 28 de Setembro de 2022 às 10:00

Não há oportunidade que desperdicem, numa altura em que a Índia vive tempos de transformação. Alguns dos maiores grupos económicos do país, que estendem os braços a vários setores, aproveitam as alterações em curso - sejam elas inevitáveis, como as que decorrem da mudança de paradigma na energia, ou decorrentes de apostas do governo de Narendra Modi, como é o caso das infraestruturas - para dar um novo impulso aos seus negócios e transformá-los.

Os conglomerados de Mukesh Ambani e Gautam Adani - dois dos homens mais ricos do mundo - são dois dos casos que aproveitaram a boleia do Estado indiano em setores-chave, investindo de forma massiva.

Mukesh Ambani, líder do grupo Reliance Industries - considerado a 11.ª pessoa mais rica do mundo, segundo o índice de milionários da Bloomberg, com uma riqueza avaliada em mais de 90 mil milhões de dólares - gere um império que tem raízes na década de 60.

Na altura, quando o pai de Mukesh Ambani fundou a empresa, começou apenas com importação e exportação de tecidos. Hoje, chega a múltiplos setores da economia indiana, com retalho (cada vez mais lojas e investimento em novos segmentos), comunicações móveis (a Jio é líder de mercado desde o início de 2021, com mais de 400 milhões de clientes), plásticos e petroquímicos, entre muitos outros.

A transformação não é só destes últimos anos, mas acelerou. É que após o Acordo de Paris (assinado na COP21), em 2015, o grupo sentiu a necessidade de tornar "mais limpo" o seu portefólio: mais aposta em comércio e serviços, menos produção de combustíveis. É aqui que entra também a fortíssima aposta nas energias renováveis.

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