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Revista do ano: Abril

Até 30 de Dezembro, o Negócios faz o balanço dos temas nacionais e internacionais que marcaram cada um dos 12 meses do calendário. Embarque na leitura, viaje até ao passado recente e recorde os assuntos, os protagonistas e as frases que vão ficar na história das notícias deste ano de 2013.

16 de Dezembro de 2013 às 11:28
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Os acontecimentos nacionais que marcaram o mês de Abril

 

4 de Abril. Miguel Relvas demite-se do Governo

 

Miguel Relvas resistiu a críticas, polémicas e escândalos, mas após 21 meses como ministro político do Governo, e onze meses desde o primeiro caso que abalou a sua imagem pública, apresenta a sua demissão a Passos Coelho. 

 

5 de Abril. Tribunal Constitucional chumba Orçamento do Estado

 

Os juízes do Tribunal Constitucional chumbam normas do Orçamento do Estado para 2013, declarando inconstitucionais os cortes de subsídios de férias a funcionários públicos e a pensionistas e a taxa de 6% e 5%, respectivamente, sobre os subsídios de desemprego e as prestações sociais por doença.

 

O "chumbo" do TC significa um buraco na ordem dos 1.300 milhões de euros. Dois dias depois, Passos Coelho afastou a possibilidade de aumentar impostos para compensar as inconstitucionalidades do orçamento, assumindo como prioridade acelerar dos cortes na despesa do Estado. A ideia, disse então, é evitar um segundo resgate.

 

10 de Abril. Brisa sai da Bolsa 

 

Foi a última sessão da Brisa no mercado regulamentado, deixando de ser uma empresa cotada. A concessionária saiu de bolsa com um valor de mercado de 1.326 milhões de euros. O pedido de perda de qualidade de sociedade aberta da empresa presidida por Vasco de Mello foi feita em Setembro de 2012 pela Tagus (veículo liderado pelo Grupo José de Mello e pelo fundo Arcus), na sequência da OPA lançada. Depois de obrigara a Tagus a subir a oferta aos accionistas minoritários, a CMVM aprovou o pedido.

 

11 de Abril. Remodelação no Governo

 

Alterações no Executivo limitam-se à substituição de Miguel Relvas e de Almeida Henriques. Luís Marques Guedes sobe a ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares. Já o professor universitário Miguel Poiares Maduro estreia-se no Executivo, ficando como ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional.

 

12 de Abril. Acordo do Sporting com a banca

 

O plano de reestruturação financeira do Sporting prevê que os adeptos sejam chamados a participar na disponibilização de 45 milhões de euros adicionais ao clube de Alvalade. O acordo entre a nova direcção sportinguista, liderada por Bruno de Carvalho, e a banca prevê que a SAD leonina faça uma emissão de obrigações ainda este ano.

 

15 de Abril. Cavaco Silva leva 40 empresários à Colômbia e ao Peru 

 

Presidente da República realiza visita oficial à Colômbia e Peru, levando na comitiva não só responsáveis políticos - como os ministros Álvaro Santos Pereira e Paulo Portas, ou representantes dos partidos com assento parlamentar (à excepção do Bloco de Esquerda) -, mas também quatro dezenas de empresários e a AICEP.

 

21 Abril. UGT com novo líder

 

Carlos Silva foi eleito secretário geral da UGT, substituindo no cargo João Proença.

  

22 de Abril. BCP sai da Grécia

 

O Millennium grego é alienado por um simbólico milhão de euros. A venda evita que o BCP tenha perdas na Grécia de 160 milhões até final de 2017 e liberta 500 milhões de capital.

 

22 Abril. Polémica dos swaps 

 

A demissão de dois secretários de Estado (Juvenal Peneda e Braga Lino) faz rebentar o caso dos swaps contratados por empresas públicas, que veio ainda a resultar na saída de gestores públicos, entre os quais Silva Rodrigues, e na criação de uma comissão parlamentar de inquérito.

 

A investigação aos contratos derivados de taxa de juro detectou contratos problemáticos com elevadas perdas potenciais para o Estado e o Governo decidiu cancelar os contratos existentes. A actual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, viu-se envolvida na polémica devido aos produtos contratados pela Refer quando era responsável financeira. 

 

23 de Abril. Governo aprova estratégia de crescimento e fomento industrial

 

Do plano anunciado pelo anterior ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira constam medidas como a criação de uma instituição financeira para o desenvolvimento e a indicação à CGD de que terá de libertar este ano e no próximo 3,5 mil milhões para conceder credito às empresas. A estratégia previu que até 2020 as exportações registem um crescimento de 21 pontos em percentagem do PIB.

 

É imperioso preservar a capacidade de gerar consensos em torno do caminho a seguir.

 
Cavaco Silva

 

Os acontecimentos internacionais que marcaram o mês de Abril

 

2 de Abril. Resgate de Chipre

 

O Governo do Chipre fecha as negociações com os credores externos, no mesmo dia em que o ministro das Finanças do país apresentou a demissão por alegadamente facilitar a investigação às condições que levaram à falência do banco Laiki.

 

No dia 14, depois de difíceis negociações, o Eurogrupo aprova o resgate cipriota, tendo o país de angariar quase o dobro do dinheiro que se esperava. Em vez dos sete mil milhões de euros previstos no anterior plano de resgate, o Governo cipriota terá de encontrar 13 mil milhões de euros, em austeridade.

 

8 de Abril. Morreu Margaret Thatcher

 

A antiga primeira-ministra britânica, que mudou a face do Reino Unido, morreu aos 87 anos, na sequência de um acidente vascular cerebral. 

 

15 de Abril. "Crash" no ouro 

 

Dia de pânico no mercado de negociação de contratos do ouro. O preço afunda num dia 8,5%, recuando para o nível mais baixo em mais de dois anos. Depois de 12 anos de valorização era esperado a entrada do metal preciso num ciclo de perdas.

 

24 de Abril. Enrico Letta é o novo primeiro-ministro de Itália 

 

O Presidente de Itália, Giorgio Napolitano, nomeia Enrico Letta, número dois do Partido Democrático, como primeiro-ministro italiano, dois meses depois das eleições legislativas.

 

Letta aceita a nomeação "com reserva", mas afirma que o país "não podia continuar" na situação "inédita e frágil" em que se encontrava.

 

Estamos a atingir o limite das actuais políticas. Porque uma política para ter êxito tem que ter um apoio político e social mínimo.

 

Durão Barroso

Presidente da Comissão Europeia

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