Notícia
EUA testam com sucesso intercepção de míssil balístico intercontinental
Os Estados Unidos anunciaram que testaram com sucesso um sistema de intercepção de um míssil balístico intercontinental, um tipo de arma que o regime da Coreia do Norte ameaça desenvolver.
É a primeira vez que o Exército americano realiza este tipo de teste para um míssil balístico intercontinental, segundo a agência responsável pela defesa antimísseis (MDA, na sigla em inglês).
Um míssil interceptor, disparado a partir da base aérea de Vandenberg, na Califórnia, "interceptou com sucesso um míssil balístico intercontinental" lançado a partir de um local identificado como Reagan Test Site nas ilhas Marshall, precisou a MDA em comunicado.
"Este sistema é vital para a defesa do nosso país e este teste demonstra que temos meios de dissuasão capazes e credíveis contra uma ameaça muito real", disse o director da MDA, o vice-almirante Jim Syring, citado no mesmo comunicado.
O sistema de intercepção norte-americano tem um historial pouco favorável, uma vez que só conseguiu ter sucesso em nove das 17 tentativas realizadas desde 1999 e uma única vez nos últimos quatro anos. O mais recente teste tinha sido realizado em Junho de 2014 e foi bem sucedido.
A Coreia do Norte é agora o foco dos esforços da defesa antimíssil norte-americana, uma vez que o regime de Pyongyang já prometeu lançar em breve um míssil com armas nucleares capaz de alcançar o território dos Estados Unidos.
O regime norte-coreano acelerou significativamente os seus testes de mísseis no ano passado e parece estar a realizar progressos no desenvolvimento de um arsenal que representa uma ameaça, não só para a Coreia do Sul e para o Japão, onde estão destacados no total 80.000 militares norte-americanos, mas também para o território dos Estados Unidos.
Na segunda-feira (domingo à noite em Portugal Continental), a Coreia do Norte anunciou que realizou com sucesso o lançamento de um míssil balístico, afirmando na mesma altura que era um ensaio de "um novo sistema de ultra precisão".
O líder norte-coreano Kim Jong-Un terá "supervisionado" o lançamento - o terceiro em três semanas -, apesar das resoluções de proibição do Conselho de Segurança da ONU relativamente à prossecução dos programas balísticos e nucleares de Pyongyang.
A Coreia do Sul disse que o míssil percorreu 450 km, enquanto o Japão disse que caiu na sua zona económica exclusiva, que se estende por 200 milhas náuticas (370 km) da sua costa.