O líder da Coreia do Norte Kim Jong Un supervisionou o lançamento do míssil balístico, na segunda-feira, e ordenou o desenvolvimento de armas estratégicas ainda mais poderosas, segundo informou a agência oficial norte-coreana KCNA, citada pela Reuters.

De acordo com a agência, o míssil estava equipado com um sistema de orientação de grande precisão, um avanço face aos anteriores projécteis "Hwasong", o nome dado pela Coreia do Norte aos seus mísseis Scud. As informações avançadas pela KCNA confirmam as declarações das forças armadas da Coreia do Sul de que Pyongyang havia lançado um míssil Scud modificado.

O lançamento desta segunda-feira foi o mais recente de uma série de testes com que o regime da Coreia do Norte tem desafiado as pressões internacionais e as ameaças de mais sanções.

Kim Jong Un já garantiu, contudo, que o seu regime desenvolverá armas mais poderosas para defender a Coreia do Norte dos Estados Unidos.

"Ele expressou a convicção de que o regime dará um grande salto em frente neste espírito, para enviar ‘um presente ainda maior aos Ianques’", como retaliação pela provocação militar americana, avançou a agência oficial citando o líder do país.

O lançamento de segunda-feira foi o nono que a Coreia do Norte levou a cabo desde o início do ano e o terceiro desde que o liberal Moon Jae-in assumiu a presidência da Coreia do Sul no passado dia 10.

Especialistas consideram que com os mais recentes ensaios o regime norte-coreano estará a colocar à prova o novo Executivo sul-coreano, o qual prometeu melhorar os laços com Pyongyang, ainda que mantendo, ao mesmo tempo, as sanções.

Por outro lado, representam um dos maiores desafios de segurança para o presidente dos EUA, Donald Trump, que retratou o mais recente teste de mísseis como uma afronta à China.

"A Coreia do Norte mostrou um grande desrespeito pelo seu vizinho, a China, ao disparar outro míssil balístico…mas a China está a esforçar-se!", disse Trump no Twitter.

North Korea has shown great disrespect for their neighbor, China, by shooting off yet another ballistic missile...but China is trying hard!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 29 de maio de 2017