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Trump na NATO: "Isto não tem sido justo para os contribuintes norte-americanos"

Na primeira visita à sede da NATO em Bruxelas, o presidente dos Estados Unidos instou os demais países da aliança a pagarem o que devem e a assumirem um novo objectivo de gastos em defesa e segurança. Perante as ameaças actuais, 2% do PIB é "insuficiente".

Reuters
25 de Maio de 2017 às 16:48
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O presidente norte-americano Donald Trump fez nesta quinta-feira, 25 de Maio, um renovado apelo aos países europeus para que paguem o que devem à NATO, mas também para que assumam doravante um objectivo mais ambicioso para os gastos em defesa e segurança, argumentando que, perante as ameaças actuais, destinar 2% do PIB para este fim é "insuficiente".

Falando no quadro de um encontro ao mais alto nível da NATO, que coincidiu com a sua primeira visita ao quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, Trump disse ter "falado muito claro" com os seus parceiros sobre dinheiro, afirmando que 23 dos 28 países-membros ainda não estão a pagar o que deviam; que muitos têm dívidas do passado; que se todos tivessem gasto 2% do PIB, a NATO teria hoje mais 119 mil milhões de dólares para operações de defesa colectiva; e que mesmo esses 2% serão "insuficientes" para reforçar e modernizar as forças de segurança aliadas. "Os 2% são mesmo o mínimo para enfrentar as ameaças muito reais e terríveis que enfrentamos", argumentou, antes de lamentar: "Isto não tem sido justo para os contribuintes norte-americanos".


Sobre a instituição que chegou a apelidar de "obsoleta", Donald Trump citou a Rússia entre os territórios onde considera disse residirem as maiores ameaças, mas centrou o seu discurso no atentado de Manchester e no terrorismo. "Temos de ser duros, fortes e vigilantes" e "denunciar e acabar com estes assassinos e extremistas, com estes falhados". "Onde quer que eles estejam, vamos de correr com eles e nunca mais os deixaremos entrar", afirmou.


Trump referia-se ao compromisso, assumido na cimeira da NATO no País de Gales, em 2014, de, no espaço de uma década, todos os países aliados destinarem 2% do PIB a despesas militares. Escreve a Lusa que, de acordo com os dados do relatório de 2016 da Aliança Atlântica, publicado em 13 de Março último, no ano passado apenas cinco aliados atingiram ou ultrapassaram o objectivo acordado, designadamente Estados Unidos (3,61%), Grécia (2,36%), Estónia (2,18%), Reino Unido (2,17%) e Polónia (2,01%).

Nesta lista, Portugal surge na 12.ª posição entre os 28 Estados-membros, ao ter consagrado 1,38% do PIB a despesas na área da defesa, o que significa um aumento face a 2015 (1,32%) e a 2014 (1,31%), mas aquém dos valores registados entre 2009 (1,53%) e 2013 (1,44%).

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