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Reuniões técnicas para salvar a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva começam esta quarta-feira
Primeiro negociaram ao mais alto nível, agora avançam os técnicos. Secretaria de Estado da Cultura, Câmara Municipal de Lisboa e Santa Casa da Misericórdia reúnem-se esta quarta-feira para definir um plano que salve a FRESS.
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Começam esta quarta-feira as reuniões técnicas das três entidades que estão a negociar um plano de salvação para a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS), apurou o Jornal de Negócios junto da Secretaria de Estado da Cultura.
A frágil situação financeira da fundação, criada pelo avô do banqueiro Ricardo Salgado, juntou à mesma mesa a Secretaria de Estado da Cultura, a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia.
"Há dois meses que havia contactos (das três entidades) ao mais alto nível", disse fonte da Santa Casa da Misericórdia ao Negócios a 25 de Maio. Nesses encontros ficou definido que seriam feitas "reuniões técnicas regulares entre as três partes", e não existe uma data definida para uma decisão final, acrescentou a mesma fonte. A primeira reunião chegou a estar marcada para a semana passada mas foi adiada.
A Fundação já acumulava prejuízos há vários anos mas o "golpe" final foi o "desaparecimento" do grande mecenas da instituição, o Banco Espírito Santo. Agora a fundação precisa desesperadamente de um novo modelo de financiamento.
Criada pelo banqueiro e coleccionador Ricardo Espírito Santo Silva, em 1953, a Fundação teve sempre como sede o Palácio Azurara, em Lisboa. Tanto o palácio como parte da colecção privada do banqueiro foram doados ao Estado português, ainda no tempo de Salazar, para criar um museu-escola que divulgasse as artes decorativas portuguesas e os ofícios relacionados.
Actualmente a FRESS tem 18 oficinas de artes e ofícios tradicionais portugueses e emprega cerca de 120 pessoas.