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“Demissão” e “professor” entre as 10 candidatas a Palavra do Ano. Conheça as outras oito
De “habitação” a “navegadoras”, a lista das candidatas está à votação até 31 dezembro para escolher a sucessora de “guerra”, o vocábulo vencedor em 2022, numa iniciativa promovida pela Porto Editora que já elegeu palavras como “esmiuçar” (em 2009) ou “vuvuzela” (2010).
A partir das 8:45 desta quinta-feira, 30 de novembro, as 10 candidatas a Palavra do Ano 2023 vão ser apregoadas por entre as bancas do Mercado Bolhão, corporizando uma forma original de anunciar a iniciativa promovida pela Porto Editora.
"A lista de dez palavras faz um retrato da vida coletiva do país ao longo deste ano e foi elaborada através das sugestões deixadas em www.palavradoano.pt, das palavras mais pesquisadas no dicionário de língua portuguesa da Infopédia e do acompanhamento da realidade da língua feito pela Porto Editora", explica a empresa
"Clima" abre a lista das candidatas deste ano, uma escolha justificada pela Porto Editora com o facto de o país ter sido "afetado por fenómenos meteorológicos extremos, como ondas de calor, tempestades, secas e inundações"
Outro termo a concurso é "conflitos", relacionando-os com "os da Ucrânia e do Médio oriente", os quais "agravam a crise humanitária global".
"Demissão" não podia falta na lista deste ano, devido à "demissão inesperada do primeiro-ministro", que "provocou uma crise política inédita em Portugal".
A quarta palavra que surge na lista é "habitação", uma escolha determinada pela "escassez de casas, o aumento das taxas de juro e o valor das rendas", que "motivaram manifestações pelo acesso à habitação".
Outra escolha possível é "inflação", porquanto "o aumento generalizado do preço de bens e serviços afeta diretamente o poder de compra dos portugueses".
"O acesso à inteligência artificial generalizou-se e levanta questões sobre os riscos e oportunidades do seu uso", eis como a promotora da iniciativa justifica a entrada de "inteligência artificial" na lista.
"Jornada" também faz parte do leque de escolhas, tendo em conta que "Portugal organizou pela primeira vez a Jornada Mundial da Juventude, que contou com a presença do Papa Francisco".
"Os médicos continuam a reivindicar melhores condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde (SNS)", tal como "os professores continuam a reivindicar a valorização da profissão em centenas de protestos por todo o país", daí "médico" e "professor" fazerem parte da lista de candidatas.
Finalmente, "navegadoras", nome "por que é conhecida a nossa seleção de futebol feminino", que participaram pela primeira vez no Campeonato do Mundo.
As votações para eleger a Palavra do Ano 2023 decorrem até 31 de dezembro em www.palavradoano.pt e em janeiro será anunciada a palavra que, segundo os portugueses, melhor representa 2023.
Esta iniciativa da Porto Editora, realizada em parceria com a Infopédia, decorre há 15 anos e que já levou à eleição de "guerra" (2022), "vacina" (2021), "saudade" (2020), "violência doméstica" (2019), "enfermeiro" (2018), "incêndios" (2017), "geringonça" (2016), "refugiado" (2015), "corrupção" (2014), "bombeiro" (2013), "entroikado" (2012), "austeridade" (2011), "vuvuzela" (2010) e "esmiuçar" (2009).