A leiloeira Christie’s conseguiu 495 milhões de dólares com a venda de peças do pós-guerra e de arte contemporânea, no Rockefeller Center, o que constitui um recorde, segundo noticia o “New York Times”.

Uma sala a transbordar de grandes coleccionadores, onde se destacavam Eli Broad, Leonard Riggio, J. Tomlison Hill e Millard Drexler observaram com atenção as licitações de cada trabalho, que foram alcançando cada vez valores mais altos.

Dos 70 trabalhos para venda, apenas quatro não encontraram compradores. Um dos clássicos de Pollock, de 1948, foi arrematado por 58,3 milhões de dólares, por um anónimo.

Ronald O. Perelman, investidor nova iorquino, foi um vendedor com sorte. O dono de um quadro de 1963, de Roy Lichtenstein, “Woman With Flowered Hat”, conseguiu 50 milhões de dólares pela obra, muito acima dos 32 milhões de dólares estimados, um recorde para uma venda do artista em questão.

Laurence Graff, o vencedor desta licitação, afirmou que comprou o quadro como presente de aniversário para si próprio. “É uma obra prima”. “Conheço o quadro há anos, sempre o vi nos livros”.

“Nude With Yellow Flower”, também de Roy Lichtenstein, foi vendido por 21 milhões de dólares, quando era expectável que se ficasse apenas pelos 12 a 16 milhões.

Outro recorde foi para “Dustheads”, de Basquiat, que foi vendido através de uma licitação telefónica por 48,8 milhões de dólares, o que também constituiu um recorde. Esperava-se que a pintura fosse vendida por 25 a 35 milhões de euros.

“Furious Man”, um trabalho em papel também de Basquiat, foi vendido por 5 milhões de dólares, quase quatro vez acima do valor estimado, de 1,5 milhões de dólares.

Depois da venda, o leiloeiro Jussi Pylkkanen frisou o facto de muitas licitações terem ultrapassado os 20 milhões de dólares. “Estamos numa nova era do mercado da arte”.