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Fundação Ricardo Espírito Santo Silva sem solução à vista. Estado defende património

Decisão da Direcção-Geral de Património Cultural de classificar acervo da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) impede "desmembramento" do espólio em caso de extinção. FRESS continua à procura de novos mecenas.

Bruno Simão/Negócios
14 de Novembro de 2014 às 19:29
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A decisão do governo de avançar com um procedimento de classificação dos bens da Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva (FRESS) será avaliada nos próximos dias pelo Conselho de Curadores da instituição.

 

O órgão, presidido por José Manuel Espírito Santo Silva, tem agora 15 dias para se pronunciar. Mas o Negócios sabe que a medida foi vista com bons olhos pela FRESS, porque é "o reconhecimento do interesse público" do espólio do Museu-escola.

 

Na prática esta decisão da Direcção-Geral do Património Cultural faz com que, caso a Fundação seja extinta, o Estado tenha a última palavra quanto ao destino dos bens.

 

"A colecção não pode ser desmembrada sem autorização do Estado", explicou fonte ligada à instituição, por isso considera que a medida é "altamente positiva".

 

O futuro da FRESS mantém-se incerto. Até agora não foi encontrado um novo modelo de financiamento, depois do principal mecenas, o BES, ter desaparecido.

 

A Fundação procura desesperadamente novos mecenas. Apesar de haver "muita gente preocupada" com a situação "de concreto não há nada", afirma a mesma fonte.

 

Para este ano, estava prevista a transferência de cerca de um milhão de euros do BES e de várias empresas do Grupo Espírito Santo. Mas só chegaram à FRESS 600 mil euros. Um valor que não chega para manter "a máquina" a funcionar.

 

A FRESS emprega cerca de 120 pessoas.

 

 

 

 

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