Notícia
Quase todas as empresas trabalharam em julho mas mais de metade a perder negócio
A perda no volume de negócios ainda afeta mais de metade das empresas. Mais de 15% referem ter reduzido o número de postos de trabalho desde o início da pandemia.
Na primeira quinzena de julho, 99% de empresas estavam em funcionamento mas, face à situação que seria expectável sem pandemia, 58% das empresas reportaram uma redução do volume de negócios.
Os dados são recolhidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) através do "Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – covid-19" publicado esta quarta-feira, 29 de julho.
O setor do alojamento e Restauração continua a sair particularmente afetado, contando apenas 93% das empresas em atividade até 15 de julho e registando, ainda, uma perda de 88% no volume de negócios.
Por esta altura, o auxílio governamental já havia chegado a uma fatia de 23% a 31% das empresas respondentes, nomeadamente no que refere ao layoff simplificado. As medidas de apoio são avaliadas como "muito importantes para a sua situação de liquidez" pelas empresas inquiridas, escreve o INE.
A liquidez parece ter melhorado na medida em que o, 59% das empresas referiram conseguir manter-se em atividade por um período superior a seis meses sem medidas adicionais de apoio a este nível, o que compara com os 26% de abril. Ainda assim, 15% referiu não ter condições para se manter em atividade por mais de dois meses.
Mais de um sexto das empresas reduz trabalhadores
Na primeira quinzena de julho, 24% das empresas registaram uma redução do pessoal ao serviço efetivamente a trabalhar face à situação expectável sem pandemia, abaixo dos 36% na quinzena anterior e 59% em abril. Mais uma vez o destaque recai sobre o Alojamento e restauração, que foi o setor onde mais empresas referiram uma redução no pessoal ao serviço na primeira quinzena de julho (58%).
17% das empresas referiram ter reduzido o número de postos de trabalho desde o início da pandemia e 76% não registaram qualquer impacto no total de pessoas empregadas. A larga maioria de empresas (83%) planeia manter os postos de trabalho até ao final do ano, sendo que nas restantes existe um relativo equilíbrio entre as que perspetivam aumentos e reduções.