Notícia
90% das empresas já estão a funcionar, mas atividade ainda sem grande melhoria
Apesar de já quase todas as empresas estarem a funcionar na primeira quinzena de maio, o nível de atividade continua sem melhorias significativas, mostram os dados do INE.
Com o início do desconfinamento, na primeira quinzena de maio 90% das empresas já estava a funcionar, contra 84% nos últimos quinze dias de abril, revela o inquérito rápido e excecional às empresas, publicado esta terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ainda assim, a grande maioria (77%) continua a reportar um impacto negativo no seu volume de negócios, face ao que seria expectável sem pandemia.
O inquérito rápido do INE mostra que o início do desconfinamento já permitiu que mais empresas voltassem a abrir portas. Do conjunto de setores de atividade, destaca-se o comércio, onde a percentagem de empresas a laborar passou de 84% para 92%. Do total de empresas que responderam, apenas 1% deu conta de ter encerrado definitivamente, mas no setor do alojamento e restauração o peso das que garantem que não voltam a abrir portas foi de 5%.
Os dados mostram que apesar do aumento do peso das empresas em funcionamento, o nível de atividade não melhorou de forma significativa. 77% do total de empresas continua a dar conta de um impacto negativo no seu volume de negócios e "a larga maioria das empresas aponta para uma estabilização (41%) ou uma variação pequena (41%)" do seu volume de negócios face às últimas duas semanas de abril, indica o INE. Só 2% das empresas indicou ter tido uma melhoria significativa do seu volume de negócios.
De entre as empresas que indicaram uma redução do seu volume de negócios, a grande maioria (77%) indicou como motivo a evolução das encomendas ou dos clientes. "As alterações nas medidas de contenção e na cadeia de fornecimentos também contribuíram negativamente para a evolução do volume de negócios, de acordo com 49% e 42% das empresas, respetivamente", soma o INE.
Metade das empresas diz ter menos pessoal ao serviço
Apesar do início do desconfinamento, metade das empresas continua a dar conta da redução do pessoal ao serviço (na última quinzena de abril havia 58% das empresas a indicar redução do número de funcionários efetivamente a trabalhar) e 70% diz que o número de pessoas não se alterou.
De entre as que reportaram um aumento do pessoal ao serviço, a diminuição do recurso ao layoff foi o principal motivo apontado (70%).
O INE dá ainda conta de que "uma percentagem muito elevada de empresas assinala dificuldades no cumprimento dos requisitos de higiene e segurança necessários para a retoma da atividade" e indica que as dificuldades incidem sobretudo na "indisponibilidade de material de proteção individual (máscaras, viseiras, desinfetante, etc.)", com 78% das empresas a notar esta dificuldade, nas "restrições no espaço físico" (77%) e "nos custos elevados (77%)".
Acesso ao crédito aumenta, nas mesmas condições
O inquérito mostra ainda que cerca de 14% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas aumentaram o recurso ao crédito na primeira quinzena de maio, destacando-se novamente o setor do alojamento e restauração, como o que tem mais empresas nesta situação.
Esse maior recurso ao crédito fez-se sobretudo através de maior financiamento junto dos bancos (84% das empresas) mas também através do crédito de fornecedores (48%). "Na maioria dos casos, os novos créditos apresentaram condições semelhantes às anteriormente praticadas", lê-se no documento do INE.
O inquérito rápido do INE mostra que o início do desconfinamento já permitiu que mais empresas voltassem a abrir portas. Do conjunto de setores de atividade, destaca-se o comércio, onde a percentagem de empresas a laborar passou de 84% para 92%. Do total de empresas que responderam, apenas 1% deu conta de ter encerrado definitivamente, mas no setor do alojamento e restauração o peso das que garantem que não voltam a abrir portas foi de 5%.
De entre as empresas que indicaram uma redução do seu volume de negócios, a grande maioria (77%) indicou como motivo a evolução das encomendas ou dos clientes. "As alterações nas medidas de contenção e na cadeia de fornecimentos também contribuíram negativamente para a evolução do volume de negócios, de acordo com 49% e 42% das empresas, respetivamente", soma o INE.
Metade das empresas diz ter menos pessoal ao serviço
Apesar do início do desconfinamento, metade das empresas continua a dar conta da redução do pessoal ao serviço (na última quinzena de abril havia 58% das empresas a indicar redução do número de funcionários efetivamente a trabalhar) e 70% diz que o número de pessoas não se alterou.
De entre as que reportaram um aumento do pessoal ao serviço, a diminuição do recurso ao layoff foi o principal motivo apontado (70%).
O INE dá ainda conta de que "uma percentagem muito elevada de empresas assinala dificuldades no cumprimento dos requisitos de higiene e segurança necessários para a retoma da atividade" e indica que as dificuldades incidem sobretudo na "indisponibilidade de material de proteção individual (máscaras, viseiras, desinfetante, etc.)", com 78% das empresas a notar esta dificuldade, nas "restrições no espaço físico" (77%) e "nos custos elevados (77%)".
Acesso ao crédito aumenta, nas mesmas condições
O inquérito mostra ainda que cerca de 14% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas aumentaram o recurso ao crédito na primeira quinzena de maio, destacando-se novamente o setor do alojamento e restauração, como o que tem mais empresas nesta situação.
Esse maior recurso ao crédito fez-se sobretudo através de maior financiamento junto dos bancos (84% das empresas) mas também através do crédito de fornecedores (48%). "Na maioria dos casos, os novos créditos apresentaram condições semelhantes às anteriormente praticadas", lê-se no documento do INE.