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80% das empresas portuguesas estão ativas mas grande parte vê receitas caírem para menos de metade

Fora as empresas que mantiveram a atividade, 16% encontravam-se temporariamente encerradas, enquanto 2% assinala que tinha encerrado definitivamente.

14 de Abril de 2020 às 11:22
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Na primeira semana de abril, 82% das empresas portuguesas estavam em produção ou em funcionamento, mesmo que parcialmente. Contudo, uma larga franja afirma que o volume de negócios caiu para menos de metade.

"37% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas reportaram uma redução superior a 50% do volume de negócios", revela o Instituto Nacional de Estatística, com base no inquérito excecional que levou a cabo entre 6 e 10 de abril, em parceria com o Banco de Portugal. Outros 37% acusam uma diminuição entre 10% a 50% nos proveitos.

No total de empresas ativas ou temporariamente encerradas, a grande maioria – 80% - anuncia um impacto negativo da epidemia nas contas, apesar de haver 5% que notam um impacto positivo. As restantes não acusam alterações decorrentes do surto.

"Em termos setoriais, o Alojamento e restauração é o setor que apresenta um maior impacto decorrente da pandemia", nota o INE. Neste setor, quase a totalidade (98%) das empresas acusa um declínio no volume de negócios. São as empresas deste grupo que referem mais frequentemente reduções superiores a 75% do volume de negócios.
Fora as empresas que se se mantiveram a funcionar ou a produzir, 16% encontravam-se temporariamente encerradas, enquanto 2% assinalaram que tinham encerrado definitivamente.

No que diz respeito aos encerramentos, destaca-se também o setor de alojamento e restauração mas este é acompanhado pelo setor do Comércio e Outros serviços apresenta os mesmos 2% de empresas encerradas definitivamente.

No caso destes fechos, "as restrições no contexto do estado de emergência e a ausência de encomendas/clientes" foram os motivos mais apontados como justificação.

Outra das tendências identificadas é que, a proporção de empresas encerradas é maior quanto menor a dimensão das empresas.

Este inquérito foi dirigido a um conjunto alargado de empresas de micro, pequena, média e grande dimensão, representativas dos diversos setores de atividade económica.

Mais de um quarto das empresas tem mais de metade dos funcionários parados

Cerca de 26% das empresas reportaram uma redução superior a 50% do número de funcionários efetivamente a trabalhar e 22% reportaram reduções entre 10 e 50%. Nas empresas encerradas temporariamente, as reduções de pessoal efetivamente a trabalhar situam-se, na maior parte, acima de 75%.

O layoff simplificado foi a solução predominante para a redução do pessoal efetivamente a trabalhar, mas também se registam faltas no âmbito do estado de emergência, por doença ou por apoio à família.

Empresas estão na fila para mais apoios

Uma pequena percentagem de empresas – que não ultrapassa os 8% - já beneficiou de outros apoios para além do layoff, mas há uma muito maior percentagem de empresas que conta aderir a mais benefícios no futuro. Contas feitas, 54% das empresas já beneficiou ou planeia beneficiar da suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas, a medida que deverá ser mais concorrida. Segue-se o acesso a novos créditos com juros bonificados ou garantias do Estado e, finalmente, as moratórias de créditos. Ainda assim, dependendo de medida para medida, entre 48% a 63% das empresas inquiridas não planeiam aderir a estes benefícios.  


(Notícia atualizada às 12:35 com mais informação)

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