Notícia
Covid-19 abate cinco mil milhões de pares de sapatos em 2020
O setor mundial do calçado prevê que o consumo de sapatos deverá recuar 22,5% este ano, chegando a uma quebra de 27% no continente europeu, um mercado que vale 85% das exportações portuguesas daquela que se apresenta como “a indústria mais sexy da Europa”.
Com falta de matérias-primas e de encomendas, a indústria portuguesa de calçado tem uma grande parte do seu tecido fabril parado, à semelhança de outros setores, sem saber quando é que a covid-19 dará tréguas. Altamente exportadora, será uma das mais fortemente penalizadas pela pandemia.
Entretanto, o consumo mundial de calçado deverá este ano recuar 22,5%, o que significa que cerca de 5,1 mil milhões de pares de sapatos deixarão de ser comercializados em 2020 devido ao impacto da pandemia.
São previsões reveladas pelo "Business Conditions Survey" realizado junto do painel internacional de especialistas do World Footwear, o projeto da APICCAPS (associação dos industriais portugueses de calçado) de avaliação das macrotendências do setor lançado há 11 anos, a que o Negócios teve acesso.
De acordo com o mesmo boletim, o cenário mais negativo ocorrerá na Europa - destino de 85% das exportações portuguesas de calçado -, com uma perda estimada de 27%, ou seja, menos 908 milhões de pares comercializados.
América do Norte, com um recuo de 21% (menos 696 milhões de pares) e Ásia, com uma queda de 20% (recuo de 2 400 milhões de pares), também serão particularmente afetados.
"Desde a edição anterior deste boletim, publicada em janeiro, a epidemia enfraqueceu fortemente a economia mundial. Em consequência, três em cada quatro dos membros do painel espera que, nos próximos seis meses, as quantidades de calçado comercializado recuarão", realça a APICCAPS, adiantando que "metade dos mais de 120 inquiridos, oriundos de 43 países, prevê uma quebra nos preços".
A indústria portuguesa de calçado, que se apresenta ao mundo como "a indústria mais sexy da Europa", exporta mais de 95% da sua produção para 163 países, nos cinco continentes.
Após uma década de forte crescimento, as exportações portuguesas de calçado caíram 3% em 2018 e 5,7% em 2019, em relação ao ano anterior, para 1,8 mil milhões de euros.
Entretanto, o consumo mundial de calçado deverá este ano recuar 22,5%, o que significa que cerca de 5,1 mil milhões de pares de sapatos deixarão de ser comercializados em 2020 devido ao impacto da pandemia.
De acordo com o mesmo boletim, o cenário mais negativo ocorrerá na Europa - destino de 85% das exportações portuguesas de calçado -, com uma perda estimada de 27%, ou seja, menos 908 milhões de pares comercializados.
América do Norte, com um recuo de 21% (menos 696 milhões de pares) e Ásia, com uma queda de 20% (recuo de 2 400 milhões de pares), também serão particularmente afetados.
"Desde a edição anterior deste boletim, publicada em janeiro, a epidemia enfraqueceu fortemente a economia mundial. Em consequência, três em cada quatro dos membros do painel espera que, nos próximos seis meses, as quantidades de calçado comercializado recuarão", realça a APICCAPS, adiantando que "metade dos mais de 120 inquiridos, oriundos de 43 países, prevê uma quebra nos preços".
A indústria portuguesa de calçado, que se apresenta ao mundo como "a indústria mais sexy da Europa", exporta mais de 95% da sua produção para 163 países, nos cinco continentes.
Após uma década de forte crescimento, as exportações portuguesas de calçado caíram 3% em 2018 e 5,7% em 2019, em relação ao ano anterior, para 1,8 mil milhões de euros.