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Pico da nova vaga da pandemia deve ser atingido na próxima semana

Os epidemiologistas consideram que "o efeito ómicron começou a observar-se a dia 14 de dezembro" e sublinham que os dados recolhidos, desde então, revelam que o número de internamentos não acompanhou o aumento acentuado de novas infeções.

Reuters
05 de Janeiro de 2022 às 12:08
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O pico da nova vaga de covid-19 poderá ser atingido na segunda semana de janeiro, segundo os epidemiologistas ouvidos esta quarta-feira na reunião do Infarmed sobre a evolução da pandemia em Portugal. Após esse período, o número de internamentos deverá aumentar, mas ficar "aquém" dos números de 2021.

"Assumimos que o número máximo de casos seja esperado para a segunda semana de janeiro", defendeu o epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) Baltazar Nunes, na reunião desta quarta-feira do Infarmed, numa altura em que se assiste a um número crescente de novas infeções com covid-19.

No pico da pandemia, deverão ser registadas 130 mil infeções diárias e Portugal deverá ter até 12% da população em "isolamento, quarentena e absentismo".

Depois de ser atingido o pico, Baltazar Nunes defende que o número de hospitalizações deverá ficar entre as 1.300 e as 3.700 camas na última semana de janeiro e início de fevereiro, enquanto os internados em unidades de cuidados intensivos (UCI) poderão chegar, no pior dos cenários, aos 450. 

Segundo Baltazar Nunes, "o efeito ómicron começou a observar-se a dia 14 de dezembro" e os dados recolhidos desde então revelam que o número de internamentos não acompanhou o aumento acentuado de novas infeções. Isto porque "o risco de hospitalizações é 0,4 vezes menor" com a ómicron do que com a variante delta. 

"Estamos numa tendência crescente e a expectativa é que, se as medidas que estão a ser implementadas se traduzirem numa eficácia de redução dos contactos em cerca de 30%, vamos ver uma inversão da tendência e começar a ver a incidência a descrescer", referiu o especialista do INSA.

Antes dele, também o epidemiologista Pedro Pinto Leite, da Direção-Geral da Saúde (DGS), defendeu que Portugal está "numa fase diferente da pandemia" com o número de novos casos em máximos históricos.

"Temos valores históricos desde o início da pandemia", disse, especificando que a incidência cumulativa a 14 dias por 100.000 habitantes encontra-se nos 2.007 casos na semana passada, um valor que corresponde a mais de 131% relativamente ao período homólogo de 2021.
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