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Epidemiologistas dizem que uso de máscara deve manter-se apesar de ómicron ser "mais benigna"
Especialistas em saúde pública ouvidos esta quarta-feira na reunião do Infarmed confirmam que a ómicron é menos letal do que variantes anteriores, apesar de ser mais transmissível. Ainda assim, alertam que medidas de proteção individual e o reforço da vacinação devem manter-se.
Os especialistas em saúde pública ouvidos esta quarta-feira pelo Governo e partidos políticos confirmam que a ómicron é mais transmissível, mas menos letal dos que as variantes anteriores. Os epidemiologistas consideram, no entanto, que devem manter-se as medidas de proteção individual e o reforço da vacinação.
"Espera-se um padrão diferente desta onda de ómicron, com uma incidência e prevalência elevadas, mas um menor peso relativo das infeções mais graves", referiu a epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) Ana Paula Rodrigues, na reunião do Infarmed sobre a evolução da covid-19 em Portugal.
Segundo a especialista, isso não quer dizer que a infeção se tornará "mais ligeira", porque continua a ser "uma infeção grave". É, no entanto, "mais benigna do que a que tínhamos anteriormente", referiu, acrescentando que a nova variante conduz a internamentos em "menos de metade" dos casos em comparação com a variante delta.
João Paulo Gomes, também do INSA, explica que essa menor letalidade mas maior nível de transmissão da ómicron deve-se às "muitas mutações na zona de ligação das células do corpo humano", que originam "uma maior afinidade", e à "maior taxa de replicação que outras variantes nas vias aéreas superiores".
Isso significa que a ómicron se multiplica "mais rápido nas vias aéreas", no entanto espalha-se "10 vezes mais lentamente no pulmão". "Um pulmão menos afetado corresponde a uma severidade da doença menor", argumentou.
Detetada na África do Sul no final de novembro, a ómicron é, segundo Ana Paula Rodrigues, mais resistente às vacinas que têm sido administradas, mas, "após o reforço vacinal, o que se vê é que há um aumento da efetividade" das vacinas contra a variante, que "circula já em mais de 90 países".
"Espera-se um padrão diferente desta onda de ómicron, com uma incidência e prevalência elevadas, mas um menor peso relativo das infeções mais graves", referiu a epidemiologista do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) Ana Paula Rodrigues, na reunião do Infarmed sobre a evolução da covid-19 em Portugal.
João Paulo Gomes, também do INSA, explica que essa menor letalidade mas maior nível de transmissão da ómicron deve-se às "muitas mutações na zona de ligação das células do corpo humano", que originam "uma maior afinidade", e à "maior taxa de replicação que outras variantes nas vias aéreas superiores".
Isso significa que a ómicron se multiplica "mais rápido nas vias aéreas", no entanto espalha-se "10 vezes mais lentamente no pulmão". "Um pulmão menos afetado corresponde a uma severidade da doença menor", argumentou.
Detetada na África do Sul no final de novembro, a ómicron é, segundo Ana Paula Rodrigues, mais resistente às vacinas que têm sido administradas, mas, "após o reforço vacinal, o que se vê é que há um aumento da efetividade" das vacinas contra a variante, que "circula já em mais de 90 países".