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De Guindos: BCE está "mais determinado que nunca" a apoiar a economia
Para já, o vice-presidente do BCE diz estar perante uma "nuvem de incerteza" no que toca ao decurso da pandemia.
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirma que a instituição está "mais determinada do que nunca" em apoiar a economia do bloco, numa altura em que a pandemia de coronavírus ditou a maior recessão das últimas décadas.
"Continuamos prontos a fazer mais ajustamentos às nossas medidas de política monetária caso vejamos que a escala dos estímulos está a ficar aquém do que é necessário", disse De Guindos numa videoconferência com o Comité de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, esta quinta-feira.
Estes comentários são avançados um dia após a Comissão Europeia ter revelado projeções preocupantes quanto à economia do bloco, o qual vê a contrair 7,7% no ano de 2020.
O BCE já avançou um programa de 750 mil milhões de euros de compra de dívida e novos programas de crédito à banca. Contudo, o Tribunal Constitucional alemão pôs em causa a legalidade do programa de compras, pelo que o BCE tem três meses para apresentar garantias de que respeitou princípio da proporcionalidade. Caso contrário, o Bundesbank pode sair do programa de "quantitative easing" e arriscar ferir de morte a resposta à pandemia.
Para já, o vice-presidente do BCE diz estar perante uma "nuvem de incerteza" no que toca ao decurso da pandemia e os danos que esta vai deixar para trás, descrevendo o risco de desvio das previsões como "enorme". A contração económica no segundo trimestre pode ser o dobro ou o triplo dos 4% relativos ao primeiro trimestre do ano. A seguir, De Guindos espera uma trajetória de recuperação que se deverá manter até 2021.