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Verão não evitou contração do PIB. Diminuiu 0,2% face ao segundo trimestre

Em termos homólogos, a economia expandiu-se 1,9%, de acordo com a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística. Procura interna voltou a puxar pela economia, mas pela parte do investimento. Crescimento no primeiro trimestre foi revisto em ligeira alta.

DR
31 de Outubro de 2023 às 09:35
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O produto interno bruto (PIB) contraiu 0,2% no terceiro trimestre deste ano face aos três meses anteriores, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), na estimativa rápida. 

"Comparando com o 2.º trimestre de 2023, o PIB registou uma diminuição de 0,2%, após um crescimento em cadeia de 0,1% no trimestre anterior", refere a autoridade estatística, indicando que "o contributo da procura externa líquida para a taxa de variação em cadeia do PIB, passou a negativo, após ter sido positivo no 2.º trimestre, refletindo a redução das exportações quer de bens, quer de serviços, incluindo o turismo. O contributo da procura interna passou de negativo a positivo no 3.º trimestre, observando-se aumentos do consumo privado e do investimento."

O INE reviu em ligeira alta o crescimento do segundo trimestre, passando de uma estagnação para um crescimento real de 0,1%.



Em termos homólogos, ou seja, comparando com o verão de 2022, a economia regista uma expansão de 1,9%, depois de ter aumentado 2,6% entre os meses de abril e junho, verificando-se um abrandamento significativo.

Mais uma vez, a procura externa teve um contributo positivo, mas mais fraco. "O contributo positivo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB diminuiu em relação ao verificado no trimestre anterior, em resultado da desaceleração significativa das exportações de bens e serviços em volume, tendo a componente de bens registado uma redução expressiva", detalha o INE.

Já as "importações de bens e serviços registaram uma redução moderada devido à componente de bens. Relativamente aos termos de troca, a redução do deflator das importações em termos homólogos no 3.º trimestre foi mais intensa que a do deflator das exportações, verificando-se ganhos dos termos de troca mais elevados que no trimestre anterior".



Também para a variação homóloga, "a procura interna registou um contributo positivo para a variação homóloga do PIB, superior ao do trimestre anterior, verificando-se uma aceleração do investimento e um abrandamento do consumo privado."

De acordo com as previsões mais recentes para a economia portuguesa, a variação em cadeia situava-se entre uma ligeira contração e a estagnação.

Para o conjunto do ano, o Governo aponta para um crescimento real da economia de 2,2%, em linha com as principais instituições internacionais que fazem projeções para Portugal.

(Notícia atualizada às 09:45 com mais dados)

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