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Vendas a retalho disparam 14% em janeiro em termos homólogos. Confinamento é o culpado
O índice de volume de negócios no comércio a retalho acelerou 14% face ao primeiro mês de 2021, devido ao confinamento vivido naquele ano. Destaque ainda para os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas que caíram face a dezembro.
O índice de volume de negócios no comércio a retalho acelerou 3 pontos percentuais (p.p) em cadeia em janeiro e disparou 10,4% em termos homólogos, revelam os dados publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O gabinete português de estatística esclarece, no entanto, que este crescimento face a janeiro do ano passado "é indissociável de um efeito base, tendo o índice contraído 9,9% em janeiro de 2021, mês marcado pelo confinamento geral decretado no início do ano devido ao agravamento da pandemia".
O INE dá ainda conta que "a evolução do índice agregado reflete dinâmicas totalmente distintas dos dois agrupamentos", já que o grupo dos Produtos Alimentares abrandaram 6,3 p.p., para uma variação de 0,4%, e os Não Alimentares a aceleraram 11,8 p.p., de uma variação de 8,0% em dezembro para 19,8% em janeiro.
"Estas evoluções foram bastante influenciadas pelo mesmo efeito base de contraste, tendo as taxas de variação homólogas variado 0,9% e -18,1%, pela mesma ordem, em janeiro de 2020", acrescenta o gabinete de estatística.
O primeiro mês do ano foi ainda marcado pela aceleração de 49,3 p.p. dos Têxteis, vestuário, calçado e artigos de couro, para um crescimento de 66,7% em janeiro (-58,1% em janeiro de 2021), "ainda assim cerca de 30% abaixo de janeiro de 2020".
A variação mensal do índice agregado situou-se em -2,8% (-2,3% em dezembro). Os agrupamentos de Produtos Alimentares e Produtos não Alimentares passaram de variações de, respetivamente, 4,0% e -7,2% em dezembro, para -7,1% e 1,0% em janeiro.
Horas trabalhadas e emprego caem face a dezembro
Por sua vez, os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas – apresentados no mesmo relatório -- subiram 4%, 6,8% e 7,1%, respectivamente, em termos homólogos.
Face a dezembro, as mesmas taxas registaram decréscimos de -1,8%, -17,9% e -7,4%, respectivamente.