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Preços estabilizaram em Outubro após oito meses em queda

A taxa de inflação em Outubro foi nula. É a primeira vez desde Fevereiro que os preços não sofrem uma variação negativa.

Reuters
12 de Novembro de 2014 às 11:15
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Os preços estabilizaram em Portugal após oito meses em queda. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, 12 de Novembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor em Outubro foi nula. É a primeira vez desde Fevereiro que este indicador não vem acompanhado de sinal negativo. Em cada um dos dois meses anteriores, os preços haviam recuado 0,4%, e em Julho a amplitude da queda chegara a atingir 0,9%.

 

Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do índice, o INE salienta a "Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis" cujos preços subiram 2,6% por comparação com os praticados há um ano, acelerando 0,3 pontos percentuais face a Setembro. Dentro desta classe, o INE volta a chamar a atenção para o facto de os preços estarem a ser influenciados "em grande medida pelo sub-subgrupo das rendas efectivas pagas por inquilinos de residências principais".

 

Ainda a contribuir para a aceleração do índice de preços estiveram os bens e serviços relacionados com a manutenção da casa (que subiram 0,7%, sendo este o primeiro avanço em pelo menos dois anos); comunicações (subida de 0,6%, após queda de 0,1% em Setembro); educação (subida de 0,6% em Outubro, após 0,4% no mês anterior) e restaurantes e hotéis (variação homóloga de 1,6%, 0,3 p.p. acima do mês de Setembro).  Bebidas alcoólicas e tabaco sofreram a variação homóloga positiva mais expressiva entre as 12 classes que compõem o índice de preços no consumidor, mas em desaceleração: 3,2% em Outubro, após 3,7% no mês anterior.

 

Já a classe com maior contribuição negativa para a variação homóloga do IPC foi a do vestuário e calçado, com uma variação homóloga de -2,2% em Outubro (-1% no mês anterior). Segue-se a classe dos Transportes (-1,4%, após -1%).

 

De referir ainda o comportamento dos preços dos bens alimentares que permaneceu com sinal negativo em Outubro (-0,6%) mas numa amplitude muito menor – nos últimos cinco meses, a queda homóloga foi sempre superior a 2%.  

 

O indicador de inflação subjacente, que exclui os produtos alimentares não transformados e energéticos cujos preços são mais voláteis, registou uma taxa de variação homóloga de 0,2%, o que compara com 0,1% no mês anterior.

 

Entre Setembro e Outubro, a variação dos preços foi de 0,3% (após uma variação mensal de 0,6% entre Agosto e Setembro e de 0% entre Setembro e Outubro de 2013). A variação média dos últimos doze meses aumentou 0,1 pontos percentuais, permanecendo ligeiramente negativa, em -0,2%.

 

(notícia actualizada às 11h45)

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