Notícia
PIB cresce 2,3% à boleia da compra de carros
O INE confirmou que o PIB cresceu 2,3%. O principal contributo para a aceleração da economia foi dado pelo consumo privado onde se destaca a compra de automóveis.
A economia portuguesa desiludiu no segundo trimestre face às expectativas, apesar de ter acelerado face aos primeiros meses do ano. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta sexta-feira, dia 31 de Agosto, que o PIB cresceu 2,3%, em termos homólogos, e 0,5%, em cadeia. O principal contributo para esta aceleração foi dado pela procura interna, dentro da qual se destaca o consumo privado. O investimento deu um menor contributo.
Esta aceleração é explicada pela procura interna uma vez que a outra componente, a procura externa líquida (as exportações descontadas das importações), deu um contributo ainda mais negativo do que no primeiro trimestre (de -0,6 pontos percentuais passou para -0,7 pontos percentuais). Este desempenho deve-se a uma tendência que se agravou no segundo trimestre: as exportações de bens e serviços estão a crescer a um ritmo inferior ao das importações.
Dentro da procura interna o destaque vai para os gastos dos cidadãos uma vez que o investimento abrandou ligeiramente. No segundo trimestre, o consumo privado cresceu 2,6%, mais 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior. "Refira-se que o consumo privado na óptica do território continuou a registar crescimentos mais intensos (3,4%) que o consumo de residentes, em resultado do comportamento das despesas efectuadas em Portugal por não residentes (turistas)", assinala o INE no destaque.
E o que é que os residentes compraram mais? Segundo o INE, foram carros. As despesas com bens duradouros cresceram 8,8% no segundo trimestre, o maior crescimento em, pelo menos, um ano. Esta aceleração deveu-se "em larga medida ao aumento verificado na componente automóvel". De acordo com os dados da ACAP, o número de veículos vendidos em Portugal no primeiro semestre do ano foi de 156,4 mil, o que corresponde a um aumento homólogo de 5,4%.
Já as despesas com bens não duradouros e serviços desacelerou ligeiramente ao registar um crescimento de 1,9%.
Quanto ao investimento, o abrandamento deve-se, "em grande medida", à diminuição da componente "Material de Transporte", que passou de uma variação homóloga de 11,3% no 1º trimestre para -6,6%, "reflectindo o efeito base da forte aceleração verificada no 2º trimestre de 2017", explica o INE. Pela positiva destaca-se o investimento em construção que cresceu 3,6%, mais 0,6 pontos percentuais do que no primeiro trimestre.
Esta aceleração da economia aconteceu num trimestre em que a criação de emprego desacelerou de forma significativa. "No 2º trimestre, o emprego para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido de sazonalidade, registou um crescimento homólogo de 2,1%, um ponto percentual inferior à taxa observada no trimestre anterior", refere o INE. Este crescimento de 2,1% é o mais baixo desde o segundo trimestre de 2016.
Em reação aos dados, o Ministério das Finanças afirma que "este cenário é o melhor garante de resiliência da economia portuguesa face às exigências macroeconómicas e de provisão sustentável de serviços públicos". No comunicado o gabinete de Mário Centeno assinala o crescimento do investimento, das exportações de bens e serviços, a melhoria do mercado de trabalho e "a gestão criteriosa das contas públicas".
(Notícia actualizada às 12h55 com o comunicado do Ministério das Finanças)
Esta aceleração é explicada pela procura interna uma vez que a outra componente, a procura externa líquida (as exportações descontadas das importações), deu um contributo ainda mais negativo do que no primeiro trimestre (de -0,6 pontos percentuais passou para -0,7 pontos percentuais). Este desempenho deve-se a uma tendência que se agravou no segundo trimestre: as exportações de bens e serviços estão a crescer a um ritmo inferior ao das importações.
E o que é que os residentes compraram mais? Segundo o INE, foram carros. As despesas com bens duradouros cresceram 8,8% no segundo trimestre, o maior crescimento em, pelo menos, um ano. Esta aceleração deveu-se "em larga medida ao aumento verificado na componente automóvel". De acordo com os dados da ACAP, o número de veículos vendidos em Portugal no primeiro semestre do ano foi de 156,4 mil, o que corresponde a um aumento homólogo de 5,4%.
Já as despesas com bens não duradouros e serviços desacelerou ligeiramente ao registar um crescimento de 1,9%.
Quanto ao investimento, o abrandamento deve-se, "em grande medida", à diminuição da componente "Material de Transporte", que passou de uma variação homóloga de 11,3% no 1º trimestre para -6,6%, "reflectindo o efeito base da forte aceleração verificada no 2º trimestre de 2017", explica o INE. Pela positiva destaca-se o investimento em construção que cresceu 3,6%, mais 0,6 pontos percentuais do que no primeiro trimestre.
Esta aceleração da economia aconteceu num trimestre em que a criação de emprego desacelerou de forma significativa. "No 2º trimestre, o emprego para o conjunto dos ramos de actividade da economia, corrigido de sazonalidade, registou um crescimento homólogo de 2,1%, um ponto percentual inferior à taxa observada no trimestre anterior", refere o INE. Este crescimento de 2,1% é o mais baixo desde o segundo trimestre de 2016.
Em reação aos dados, o Ministério das Finanças afirma que "este cenário é o melhor garante de resiliência da economia portuguesa face às exigências macroeconómicas e de provisão sustentável de serviços públicos". No comunicado o gabinete de Mário Centeno assinala o crescimento do investimento, das exportações de bens e serviços, a melhoria do mercado de trabalho e "a gestão criteriosa das contas públicas".
(Notícia actualizada às 12h55 com o comunicado do Ministério das Finanças)