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OCDE prevê recuperação mais forte da Zona Euro

O PIB da Zona Euro deverá crescer 1,4% este ano e 2% em 2016 impulsionado pela Alemanha, de acordo com as novas estimativas da OCDE, que deixa um alerta para os riscos de uma dependência excessiva da economia mundial da política monetária expansionista.

18 de Março de 2015 às 12:26
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) apresentou esta quarta-feira perspectivas mais favoráveis para o crescimento das principais economias mundiais, mas deixou vários alertas sobre os riscos que persistem na actual conjuntura.

 

O PIB da Zona Euro deverá crescer 1,4% este ano e 2% em 2016, estimativas que comparam com a previsão de crescimento de 1,1% para 2015 efectuada em Novembro.

 

A OCDE antecipa que as principais economias do Euro vão recuperar a velocidades diferentes, com o PIB da Alemanha a crescer 1,7% este ano e 2,2% em 2016, superando o desempenho da França (1,1% este ano e 1,7% em 2016) e de Itália (0,6% este ano e 1,3% em 2016). No relatório com as novas previsões intercalares a OCDE não avança com estimativas para Portugal.

 

Os Estados Unidos deverão continuar a registar taxas de crescimento mais elevadas do que outras economias desenvolvidas, com o PIB a crescer 3,1% este ano e 3% em 2016. O Reino Unido também deverá superar a Zona Euro, com taxas de crescimento acima de 2%.

 

Quanto às economias emergentes, a China deverá crescer 7% nos dois anos, enquanto a India registará uma expansão superior (7,7% este ano e 8% em 2016). O Brasil vai continuar a desiludir, com a OCDE a apontar para uma recessão este ano (queda de 0,5% no PIB deste ano) e um crescimento de 1,2% em 2016.

 

Países devem aproveitar juros baixos para implementar reformas

 

A visão mais optimista da OCDE para a evolução das principais economias está sobretudo relacionada com os baixos preços do petróleo e a política monetária expansionista implementada pelos bancos centrais.

 

A organização sedeada em Paris salienta contudo que no curto prazo o ritmo de crescimento "continua modesto, a inflação em níveis baixos e as taxas de juro a apontarem para riscos de instabilidade financeira".

 

Catherine L. Mann, economista-chefe da OCDE, alerta no comunicado onde são apresentadas as novas estimativas que apesar da previsão mais optimista, "não há espaço para complacência, pois uma dependência excessiva da política monetária pode originar riscos financeiros e não está ainda a reanimar o investimento".

 

Deste modo, a responsável da OCDE pede uma "abordagem mais equilibrada", apelando aos países para implementarem reformas orçamentais e estruturais, para assegurar um crescimento e finanças públicas sustentáveis no longo prazo".   

 

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