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Inflação terá abrandado para 5,7% em abril. É o sexto alívio consecutivo nos preços

Desaceleração na subida de preços é em parte explicada pelo "efeito de base" do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos alimentos registado no ano passado. Preços da energia voltam a cair pelo segundo mês consecutivo. Já a subida de preços nos alimentos abrandou, ainda antes de serem sentidos os impactos do "IVA Zero".

Variação mensal dos preços no consumidor foi de 0,9% na Zona Euro. Em Portugal, foi de 2%.
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28 de Abril de 2023 às 11:19
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A taxa de inflação voltou a abrandar em abril pelo sexto mês consecutivo, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta sexta-feira. O índice de preços no consumidor (IPC) terá registado uma variação homóloga de 5,7% em abril, menos 1,7 pontos percentuais do que o registado no mês anterior.

"Esta desaceleração é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços da eletricidade, do gás e dos produtos alimentares verificado em abril de 2022", explica o INE.

A inflação subjacente, que exclui os alimentos não transformados e energéticos (por serem mais voltáteis), terá abrandado de 7% para 6,6% em abril. Este é o terceiro alívio consecutivo da chamada "inflação crítica", a que o Banco Central Europeu (BCE) está particularmente atento no desenho da política monetária a adotar para travar a inflação.

No que toca à energia, houve uma nova queda na variação homóloga em abril. Segundo o INE, verificou-se uma diminuição de 8,3 pontos percentuais para -12,7%, com o preços dos produtos energéticos a caírem pelo segundo mês consecutivo. 

Já os bens alimentares não transformados desaceleraram, ao registar uma variação homóloga de 14,1%. No mês de março, a subida da inflação nos alimentos tinha sido de 19,3%. Apesar da descida, o valor continua ainda muito acima da subida média dos preços dos bens alimentares nos últimos anos, o que levou o Governo a avançar com o chamado "IVA zero" num conjunto de 46 alimentos essenciais, para apoiar as famílias, sobretudo as mais vulneráveis.

O INE salienta, no entanto, que "a grande maioria dos preços considerados no apuramento do IPC de abril foram recolhidos antes da entrada em vigor da isenção de IVA num conjunto de bens alimentares essenciais", no dia 18 de abril, pelo que "os eventuais efeitos desta medida só terão efetivamente impacto no IPC em maio".

Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,6%, menos 1,1 pontos percentuais do que o registado em março. Há precisamente um ano, a variação mensal do IPC era de 2,2%. O INE estima ainda que a variação média nos últimos doze meses do IPC tenha sido de 8,6%, menos uma décima do que no mês anterior.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços com os restantes países da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 6,9%. O valor compara com os 8% registados no mês anterior.

Os dados definitivos do IPC do mês de abril serão publicados no próximo dia 11 de maio.

(Notícia atualizada às 11:32)
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