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Inflação crítica na Zona Euro acelera mais do que estimativa inicial. UE com inflação nos 6,4%

Confirmada desaceleração da inflação homóloga na Zona Euro para 5,5% em junho, o valor mais baixo desde o início de 2022. Eurostat mostra que produtos alimentares e serviços foram as categorias que mais contribuíram para a variação de preços.

Variação homóloga da inflação nos alimentos ultrapassou, pela primeira vez desde fevereiro de 2021, a da energia na Zona Euro, fixando-se em 15%.
Luís Guerreiro
19 de Julho de 2023 às 10:26
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A inflação subjacente na Zona Euro acelerou em junho ao contrário da estimativa inicial do Eurostat que apontava para um abrandamento, revelou esta quarta-feira o Eurostat, nos dados finais relativos ao mês passado.

De acordo com a informação agora mais completa, a inflação crítica - que exclui as categorias mais voláteis, como a energia e os bens alimentares - acelerou para 5,5% em vez dos 5,4% inicialmente estimados. Em maio este agregado da inflação tinha sido de 5,3%.

Este dado dá força à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar as taxas de juro na Zona Euro já na reunião de política monetária da próxima semana.

Este é o indicador crítico para o BCE quando avalia a evolução dos preços nos países da moeda única, pois é aquele que pode revelar-se mais difícil de combater, obrigando a uma política monetária mais agressiva.



Os dados agora revelados confirmam, no entanto, a estimativa para a inflação global avançada no final de junho. A variação homóloga de preços foi de 5,5% em junho, face aos 6,1% de maio, tratando-se do valor mais baixo desde o início do ano passado. A inflação geral está agora ao mesmo nível da inflação subjacente.

Há um ano, em junho de 2022, a inflação estava nos 8,6% no conjunto da Zona Euro.

Quanto à União Europeia, o valor da inflação foi agora conhecido e recuou para 6,4% face aos 7,1% de maio. É também o valor mais baixo desde o início de 2022. Em junho de 2022, a variação homóloga de preços situava-se nos 9,6%.

O gabinete europeu de estatística refere que em junho, a maior contribuição para a variação da inflação anual na Zona Euro foi dada pela categoria de produtos alimentares, álcool e tabaco (+2,5 pontos percentuais), seguida dos serviços (+2,31 p.p.), bens industriais não energéticos (+1,41 p.p.) e energia (-0,57 p.p.).

Portugal tem a oitava inflação mais baixa

Tal como avançado na estimativa inicial, Portugal registou em junho a oitava inflação mais baixa da Zona Euro, com uma variação homóloga do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) de 4,7%. Esta medida da inflação está acima do valor do índice de preços no consumidor (IPC), uma vez que inclui os gastos dos não residentes, ou seja, turistas.

Face à estimativa rápida do final de junho, o país fica um lugar abaixo.



As mais baixas taxas de inflação foram registadas no Luxemburgo (1%), Bélgica e Espanha (1,6%). As mais altas na Hungria (19,9%), Eslováquia (11,3%) e República Checa (11,2%). Comparando com maio, a inflação abrandou em 25 Estados-membros, estabilizou na Croácia e aumentou na Alemanha.

(Notícia atualizada às 11:05 com mais informação)
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