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Inflação abranda para 2,1% em outubro devido aos alimentos e energia

Estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística indica que a inflação em outubro terá abrandado para o valor mais baixo em mais de dois anos. Esta desaceleração é explicada sobretudo pelo efeito base dos preços registados há um ano nos alimentos e nos produtos energéticos.

Peso dos produtos cujos preços têm acelerado subiu em julho, para 40,5%. Maioria do cabaz de compras regista uma desaceleração nos preços.
João Cortesão
31 de Outubro de 2023 às 09:41
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A taxa de inflação terá abrandado para 2,1% em outubro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada esta terça-feira. Esta desaceleração é explicada sobretudo pelo efeito base dos preços dos alimentos e energia, que comparam com os elevados preços registados há um ano.

"O principal contributo para esta desaceleração provém do efeito de base associado aos aumentos mensais de preços registados em outubro de 2022 nos produtos alimentares (2,1%) e nos produtos energéticos (6,7%), com destaque para o gás natural (77,4%)", explica o INE.

Em setembro, a inflação tinha-se fixado em 3,6%. Significa isso que, no espaço de um mês, a inflação em Portugal teve um forte abrandamento, de 1,5 pontos percentuais, face ao mês anterior. A confirmar-se a estimativa rápida, outubro será já o segundo alívio consecutivo nos preços no consumidor, após uma ligeira aceleração em agosto.

A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos (por estarem mais sujeitos a variações de preços) terá abrandado também de 4,1% para 3,5% (4,1% no mês precedente). Este será já o nono mês de alívio na chamada "inflação crítica", que mede o "contágio" da subida de preços entre os diferentes produtos do cabaz de compras.

O índice relativo aos produtos energéticos, que esteve a acelerar nos últimos dois meses sem sair de terreno negativo, voltou a desacelerar. A estimativa rápida aponta para que, em outubro, a variação homóloga deste índice tenha sido de -12%, o que compara com -4,1% no mês de setembro. Ou seja, os preços da energia estão agora 12% mais baratos do que há um ano.

Por outro lado, o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para de 6% para 4% em outubro. A contribuir para a desaceleração da variação homóloga deste índice está, além do efeito base, a isenção do pagamento de IVA num cabaz de produtos alimentares essenciais.

Em comparação com o mês anterior, 
a variação do IPC terá sido -0,2%, quando no mês anterior tinha sido de 1,1%. "Estima-se que os bens alimentares tenham registado uma variação mensal de 0,1%, enquanto os produtos energéticos terão registado uma redução de 2,1%", refere o INE. Já a variação média nos últimos doze meses foi de 5,7% (6,3% no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços em Portugal com a dos restantes países da União Europeia, terá registado uma variação homóloga de 3,3%. Em setembro, a variação homóloga do IHPC tinha sido de 4,8%.


Os dados definitivos do IPC de outubro serão publicados no próximo dia 13 de novembro.


(Notícia atualizada às 9h57)

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