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INE confirma recuo da inflação para 2,1% em outubro, a maior descida desde maio

A variação homóloga mensal de preços foi de 2,1% em outubro, abaixo dos 3,6% do mês anterior. Efeito base explica desaceleração mais acentuada da inflação em outubro, tendo em conta o aumento registado um ano antes nos produtos energéticos e alimentares.

Peso dos produtos cujos preços têm acelerado subiu em julho, para 40,5%. Maioria do cabaz de compras regista uma desaceleração nos preços.
João Cortesão
13 de Novembro de 2023 às 11:22
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A taxa de inflação abrandou para 2,1% em outubro, indicou esta segunda-feira Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmando a estimativa rápida divulgada no final do mês passado. Esta desaceleração é explicada sobretudo pelo efeito base dos preços dos alimentos e energia, que comparam com os elevados preços registados há um ano.

"O principal contributo para esta desaceleração provém do efeito de base associado aos aumentos mensais de preços registados em outubro de 2022 nos produtos alimentares (2,1%) e nos produtos energéticos (6,7%), com destaque para o gás natural (77,4%)", detalha o gabinete de estatística, acrescentado que o "indicador de inflação subjacente - que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos - registou uma variação de 3,5% (4,1% em setembro)." O índice relativo aos produtos energéticos "diminuiu para -12,1% (-4,1% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 4,0% (6,0% no mês anterior)", refere a autoridade estatística.

Em setembro, a inflação tinha-se fixado em 3,6%. Significa isso que, no espaço de um mês, a inflação em Portugal teve um forte abrandamento, de 1,5 pontos percentuais, face ao mês anterior, confirmando o segundo alívio consecutivo nos preços no consumidor, após uma ligeira aceleração em agosto.



Azeite, vestuário e ensino com maiores contributos

De acordo com os dados mais desagregados do INE, alguns subgrupos de produtos tiveram contribuições mais expressivas, com destaque para o azeite, vestuário e ensino.

No caso do azeite, a autoridade estatística refere que a variação mensal foi de 11,7%, com um contributo de 0,054 pontos, quando há um ano foi de 0,024.

Em relação às contribuições negativas, "destacam-se os subgrupos dos serviços de assistência para a infância, dos hotéis, motéis,
pousadas e serviços de alojamento similares, do gás natural, da gasolina e do gasóleo." No caso do gás natural, a variação mensal foi de 10,4%, já nos serviços de assistência para a infância, foi superior, de 10,8%.

(Notícia atualizada às 11:35 com mais informação)
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