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“A inflação teve impacto, mas os portugueses sabem que não vão resolver o problema a criar défices e mais dívida”

Estudos de opinião mostram que os cidadãos têm um “grande interesse” nos orçamentos equilibrados, diz o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes. A estabilização da prestação do crédito poderá ser pedida a 2 de novembro.

Alexandre Azevedo
20 de Outubro de 2023 às 09:18
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O Governo conta com o apoio dos portugueses na opção de apresentar uma proposta de orçamento com um excedente de 0,2% no próximo ano, depois deste encerrar com o maior saldo da democracia (0,8%).

"A inflação teve impacto do ponto de vista do poder de compra, o Governo tem procurado tomar medidas do lado do rendimento, mas os portugueses sabem que não vão resolver esse problema a criar défices e criar mais dívida que só os vai tornar mais vulneráveis no futuro", sustenta o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, em entrevista ao DN e à TSF.

Ao longo da entrevista, o governante refere que os estudos de opinião mostram um "grande interesse na lógica dos orçamentos equilibrados". "Achamos que é uma mudança, não temos de nos resignar a ser um país de elevada dívida", sustenta.

Estabilização das prestações do crédito pode ser pedida a 2 de novembro

João Nuno Mendes explica ainda que a medida de estabilização das prestações do crédito da casa deverá estar "plenamente funcional" a 2 de novembro.

"Significa que a partir dessa data as pessoas podem comunicar o interesse na adesão à medida. Isso depois despoleta um período de 15 dias no máximo que os bancos têm para apresentar aquilo que é a comparação entre a sua situação atual e aquela que poderão beneficiar, se tiverem a sua prestação fixada. E a partir daí a pessoa terá um mês sensivelmente para decidir se pretende ou não aderir".

Esta medida, que "permitirá uma redução do indexante em 30%", por exemplo de 4% para 3%, não tem impacto orçamental, uma vez que as famílias terão de compensar a redução após um período de quatro anos.

Já a bonificação de juros terá um impacto estimado de 200 milhões de euros e deverá chegar a 200 mil famílias.

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