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INE confirma taxa de inflação de 9,6% em dezembro. É o segundo recuo consecutivo

Este é o segundo recuo consecutivo na inflação explicado pelo alívio nos preços da energia e dos alimentos não transformados. Taxa de inflação foi de 9,6% em dezembro. Inflação em 2022 teve uma variação média anual de 7,8%.

Pedro Catarino
11 de Janeiro de 2023 às 11:06
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a inflação recuou pelo segundo mês consecutivo em dezembro. A taxa de inflação fixou-se em 9,6% em dezembro, menos 0,3 pontos percentuais face a novembro. O abrandamento é explicado pelo alívio nos preços da energia e dos alimentos não transformados. 

"A variação homóloga do IPC [Índice de Preços no Consumidor] foi 9,6% em dezembro de 2022, taxa inferior em 0,3 p.p. à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 30 de dezembro", indica o INE. 

Porém, a inflação subjacente, que exclui os alimentos não transformados e energéticos, subiu 0,1 pontos percentuais em dezembro, para 7,3%. Este é o valor mais elevado desde dezembro de 1993 e evidencia o nível de enraizamento da inflação na economia, já que exclui os produtos considerados mais sujeitos a variações de preços.

No que toca aos produtos energéticos, o índice de preços apresentou uma variação de 20,8%, que compara com 24,7% registados no mês precedente. Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação de 17,6%, depois de ter atingido os 18,4% em novembro. Ou seja, houve um recuo nos preços nestes dois tipos de produtos.

Esse abrandamento contrasta com a aceleração registada nos produtos alimentares transformados, em que a variação homóloga passou de 16,8% no mês precedente para 17,5%.

Em 2022, o IPC registou uma variação média anual de 7,8%, "significativamente acima" dos 1,3% registados no conjunto do ano de 2021. Esta é a variação anual mais elevada desde 1992. Excluindo do IPC a energia e os bens alimentares não transformados, a taxa de variação média situou-se em 5,6%.

"A taxa de variação homóloga do IPC total evidenciou uma acentuada subida ao longo de 2022, com maior intensidade na primeira metade do ano. No segundo semestre de 2022 a variação homóloga do IPC manteve-se elevada e acima da média do ano, mas observou-se uma desaceleração dos preços nos últimos dois meses do ano", nota o INE.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português registou uma taxa de variação média de 8,1% em 2022, quando no ano anterior tinha sido apenas de 0,9%. Já a taxa de variação homóloga situou-se em 9,8% em dezembro, menos 0,4 pontos percentuais à observada em novembro de 2022.

(notícia atualizada às 11:49)
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