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Gentiloni: contração económica na Alemanha "vai afetar todos os Estados-membros"

Novas previsões económicas divulgadas esta segunda-feira reviram em baixa o crescimento da economia alemã. Comissão Europeia estima que contraia 0,4% este ano. Itália pode ser "mais afetada do que outros países", mas todos os Estados-membros serão afetados, segundo o comissário europeu Paolo Gentiloni.

O comissário Paolo Gentiloni indicou ontem que uma dezena de países do euro é chamada a fazer correções nos planos orçamentais para 2023.
Olivier Hoslet/Lusa
11 de Setembro de 2023 às 10:46
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O comissário europeu com a pasta da Economia, Paolo Gentiloni, admitiu esta segunda-feira que a contração económica de 0,4% esperada pela Comissão Europeia para a Alemanha este ano terá um impacto na atividade económica de todos os Estados-membros, apesar de o bloco europeu conseguir escapar a uma contração este ano e no próximo.

"É claro que a economia alemã tem um impacto nos diferentes países, especialmente aqueles que exportam muito para a Alemanha ou estão na vizinhança. A Itália pode ser mais afetada do que outros países, mas é claro que o facto da maior economia europeia ter uma ligeira contração económica vai afetar todos os países", referiu Paolo Gentiloni, na conferência de imprensa de apresentação das previsões económicas de verão da Comissão Europeia. 

As novas previsões económicas divulgadas esta segunda-feira – que trazem apenas dados para as seis maiores economias europeias (onde Portugal não está incluído – reviram em baixa as projeções de crescimento da economia alemã. Em vez de um crescimento de 0,2% este ano, a Comissão Europeia está a antecipar uma queda de 0,4% no produto interno bruto (PIB) alemão este ano, devido ao "fraco consumo global" e um "declínio no investimento em construção". 

Para 2024, a Comissão Europeia prevê que o PIB da Alemanha se expanda para 1,1%, impulsionado por uma recuperação do consumo. O valor é o mesmo que o projetado na primavera e é explicado por "um abrandamento no setor da construção, bem como um crescimento das exportações menos dinâmico".

Apesar da contração na maior economia europeia, a Comissão Europeia continua a prever que a Zona Euro cresça este ano, apesar de menos do que tinha inicialmente previsto. Em vez de 1,1%, Bruxelas antecipa agora que o PIB da Zona Euro cresça 0,8% este ano.

Esse maior pessimismo é explicado pelo facto de 
a economia da Zona Euro ter crescido menos do que o esperado nos primeiros seis meses do ano e se antecipar uma procura interna "mais fraca" e pelo facto da política monetária restritiva estar já a "restringir a atividade económica". Esse crescimento mais fraco na UE deverá prolongar-se "até 2024".

Porém, prevê-se "uma ligeira recuperação do crescimento para o próximo ano, à medida que a inflação continua a diminuir, o mercado de trabalho permanece robusto e o rendimento real das famílias recupera gradualmente". Para 2024, a Comissão Europeia estima que o PIB cresça 1,3%, quando antes esperava uma expansão de 1,6%.

(Notícia atualizada às 11:03)
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