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Economia alemã pode ter contração de 0,4% neste ano
O instituto alemão Ifo confirma a previsão de contração da maior economia da Europa, que já tinha sido adiantada na estimativa de junho.
Depois das previsões de junho, o instituto alemão Ifo confirma as suas previsões de que a economia da Alemanha pode registar, este ano, uma contração de 0,4%. Depois da previsão feita em junho, o Ifo confirma agora os números pouco animadores sobre o crescimento alemão para 2023.
Já nesta quarta-feira também os alemães do instituto Kiel previram uma contração da economia do país de 0,5%, justificada pela "fraca actividade industrial, a crise no sector da construção e os fracos gastos dos consumidores".
Ainda assim, o instituto prevê que em 2024 a tendência inverta e o país pode registar um crescimento a rondar os 1,4%. Apesar de positiva, esta é uma revisão em baixa em 0,1 pontos percentuais em relação à ultima estimativa. Para 2025, o Ifo prevê que a economia prossiga na inversão da tendência negativa e cresça 1,2%.
No comunicado, o Ifo deixa a ressalva de que o "único ponto positivo" dos dados para 2023 é o crescimento do consumo privado, que está a recuperar gradualmente no segundo semestre do ano. "O aumento do rendimento disponível das famílias permanecerá forte e, com as taxas de inflação a cair lentamente, também levará a um aumento do poder de compra", explica o instituto.
Também em relação à subida dos preços há um horizonte de otimismo. Apesar do crescimento de 6,0% previsto para 2023, no próximo ano este crescimento deve abrandar par 2,6% e para 1,9% em 2025.
O número de desempregados da maior economia europeia manter-se-á no 2,59 milhões este ano e 2,58 milhões em 2024. Números que o Ifo consideram "elevados" e que não diminuirão substancialmente até 2025.
O défice do Governo alemão deverá diminuir de 92 mil milhões de euros para 80 mil milhões de euros em 2024 e para 70 mil milhões de euros em 2025. O saldo da balança corrente registará um aumento de 7,1% da produção económica até 2025, depois de ter registado uma queda temporária de 4,2% em 2022 em "resultado do forte aumento dos preços da importação", conforme explica o Ifo.
(Notícia atulizada às 12:07)