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Gastos com covid-19 atiram dívida pública espanhola para recorde
Apesar do valor recorde acima de 1,2 biliões de euros, o endividamento público em Espanha permanece abaixo de 100% do PIB.
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A dívida das administrações públicas em Espanha atingiu um máximo histórico em março, atingindo 1,224 biliões de euros. Segundo os dados do Banco de Espanha a subida mensal foi de 22,47 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 1,9%.
Março foi o primeiro mês de impacto relevante da pandemia na economia espanhola, obrigando o Estado a efetuar gastos adicionais relacionados com a covid-19. O peso na dívida pública deverá ser ainda maior em abril e maio.
O PIB de Espanha contraiu 5,2% no primeiro trimestre face aos três meses anteriores, o que representa a quebra mais forte desde a II Guerra Mundial. No acumulado do ano as estimativas do Governo apontam para que a quebra do PIB possa superar os 9%.
Desde o início do ano o aumento da dívida pública foi de 28,3 mil milhões de euros, o que coloca o endividamento num nível que corresponde a 98,3% do PIB. Tendo em conta este rácio, o mais utilizado para medir o endividamento de uma economia, a dívida pública espanhola não está em recorde, que se situa acima dos 100%.
O Estado espanhol aumentou o endividamento para 1,08 biliões de euros, o que também representa um máximo histórico. As comunidades autónomas baixaram a dívida para 297,8 mil milhões de euros e as empresas públicas reduziram o endividamento para 22,9 mil milhões de euros.
A principal fatia da dívida espanhola corresponde a títulos de dívida de longo prazo, que chegam a quase 1 bilião de euros.