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G20 diz que Brexit "reforça incertezas" para a economia mundial

A decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (UE) "reforça as incertezas" para a economia mundial, referiram os ministros das Finanças das maiores economias do mundo (G20), reunidos em Chengdu, na China.

Bloomberg
24 de Julho de 2016 às 09:22
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No entanto, os ministros e os governadores dos bancos centrais do G20, quiseram deixar uma mensagem positiva, considerando que os países da UE "estão bem posicionados" para enfrentar "de forma dinâmica" as eventuais repercussões económicas e financeiras do ‘Brexit’, segundo o comunicado final da reunião.

Os responsáveis manifestaram dúvidas em relação à forma como Londres e a Europa se vão separar, com o governador do Banco do Japão (na foto) a considerar que se trata de um assunto "importante na ordem do dia".

O Fundo Monetário Internacional (FMI) baixou na terça-feira as suas previsões de crescimento mundial para 2016 e 2017, avisando que as incertezas prolongadas em relação ao Brexit podem gerar uma descida ainda mais acentuada.

"O essencial do Brexit ainda está por acontecer e repercussões ainda mais negativas são uma clara possibilidade", referiu o FMI na reunião do G20.

Além do caso britânico, "persistem fortes riscos (…) a volatilidade financeira continua elevada e os conflitos geopolíticos, o terrorismo e o fluxo de migrantes continuam a afectar as economias", refere-se no comunicado do G20, que fala numa retoma "mais fraca que o esperado".

 

O impacto negativo do Brexit para a economia da Europa, estimado pela Comissão Europeia, pode ser evitado se Londres e Bruxelas avançarem medidas e "reduzirem as incertezas", defendeu hoje o comissário Pierre Moscovici.

O responsável salientou que uma maior clarificação dos passos que Londres vai dar para sair da União Europeia (UE), assim como "um incentivo ao investimento, a reformas estruturais e a políticas fiscais inteligentes" da parte dos britânicos e dos restantes europeus, podem evitar os efeitos negativos calculados pela Comissão, divulgados na semana passada.

A Comissão Europeia calcula que o impacto negativo da saída do Reino Unido da UE se reflita numa redução entre 0,3 e 0,6 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) do grupo dos 28 e entre 1,0 e 1,75 pontos no país.

No final da reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos do G20, que decorreu em Chengdu, no centro da China, o comissário europeu da Economia e Finanças voltou a referir que "o Reino Unido já não será um membro da UE, mas sempre será um país europeu, e um dos importantes, tanto económica como politicamente".

Pierre Moscovici fez questão de clarificar que uma avaliação preliminar não é uma previsão e que a primeira pode alterar-se se forem avançadas as medidas adequadas.

"Podemos evitar ou limitar o possível impacto negativo do Brexit, e claramente os responsáveis políticos podem fazê-lo de duas maneiras, a primeira é trabalhando para reduzir a incerteza o mais rápido possível", defendeu.

O novo ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, esteve pela primeira vez com os responsáveis económicos das grandes economias europeias e recebeu o pedido do comissário para que Londres "não atrase indefinidamente" o seu processo de saída.

(Notícia actualizada com mais declarações às 11:40)

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