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Economia russa contraiu 2% no primeiro trimestre do ano

O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, justifica a evolução da economia com as sanções impostas pelo Ocidente e com a descida do preço do petróleo. O governante acredita que o país vai contornar o problema, nem que tenha de criar "uma nova realidade económica".

Reuters
21 de Abril de 2015 às 12:42
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A economia russa contraiu 2% nos primeiros três meses deste ano devido às sanções económicas e à queda do preço do petróleo, informou esta terça-feira, 21 de Abril, o primeiro-ministro do país, Dmitry Medvedev.

 

Medvedev justifica a evolução da economia com a pressão decorrente da "principal decisão política do ano passado – o retorno da Crimeia para a Rússia". O país enfrenta agora "uma nova realidade", afirmou o primeiro-ministro, citado pela BBC.

 

As sanções ocidentais foram impostas depois da anexação da Crimeia, em Março de 2014, e aumentaram com os combates no leste da Ucrânia, onde Moscovo está a apoiar as forças separatistas.

 

O primeiro-ministro estima que as sanções económicas tenham custado ao país cerca de 25 mil milhões de euros em exportações e o equivalente a 1,5% do PIB, um número que poderá aumentar "várias vezes este ano".

 

Contudo, Medvedev acredita que a Rússia poderá contornar o problema, mesmo que as condições económicas se deteriorem ainda mais. "Se a pressão externa se intensificar e os preços do petróleo se mantiverem a um nível extremamente baixo por um longo período de tempo, teremos de desenvolver uma nova realidade económica", explicou.

 

"Estou convencido de que seremos capazes de viver nessa realidade. A experiência recente demonstrou que já aprendemos como fazer isso", acrescentou o governante.

 

No último trimestre do ano passado, o PIB da Rússia avançou 0,4% em termos homólogos, um desempenho que contrariou as estimativas, que já apontavam para uma estagnação.

 

As sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia relacionadas com o conflito na Ucrânia cortaram o acesso da Rússia aos mercados internacionais, forçando as autoridades a responder com cortes na despesa e com um aumento da taxa de juro de referência em Dezembro.

 

Segundo um relatório divulgado pelo Banco Mundial, a economia da Rússia poderá contrair 3,8% este ano se o preço do petróleo atingir uma média de 53 dólares por barril. Se a média for de 45 dólares por barril, o PIB da Rússia poderá contrair 4,6%.

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