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Economia portuguesa dá sinais negativos em Outubro

Na síntese económica de conjuntura do INE, os únicos sinais positivos foram dados pelo investimento e pelas exportações. A actividade económica diminuiu, o consumo privado cresceu menos e há vários sectores a dar sinais negativos.

Sara Matos/Negócios
18 de Dezembro de 2014 às 12:12
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A economia portuguesa terá abrandado em Outubro, de acordo com os vários indicadores revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, na Síntese Económica de Conjuntura de Novembro.

 

O Indicador de actividade económica caiu em Outubro para 2,8%, face aos 2,9% do mês anterior, atingindo assim a taxa de crescimento mais baixa desde Fevereiro deste ano.

 

O INE dá conta que os indicadores de curto prazo "apresentaram sinais negativos sobre a evolução da actividade na indústria, na construção e obras públicas e em sectores de serviços", reforçando a tendência de abrandamento da actividade económica em Outubro.

 

No terceiro trimestre a economia portuguesa acelerou, com o PIB a crescer 1,1% face ao período homólogo e 0,3% contra os três meses anteriores, apresentando taxas de crescimento mais fortes do que no segundo trimestre.

 

Os dados hoje revelados pelo INE mostram que em Outubro a economia terá abrandado, já que também o consumo privado apresentou taxas de crescimento mais baixas.

 

"O indicador quantitativo do consumo privado apresentou um crescimento homólogo menos expressivo em Outubro, reflectindo sobretudo o abrandamento do consumo corrente", refere o INE, adiantando assim que este indicador suspendeu "a tendência crescente observada desde o início de 2012".

 

As famílias portuguesas cortaram sobretudo no consumo corrente, que cresceu 1,9% em Outubro, abaixo da taxa de crescimento de 2,5% de Setembro, suspendendo assim "o movimento crescente observado desde Março, em resultado do contributo positivo menos intenso da componente não alimentar. Já o aumento do consumo de bens duradouros abrandou de 16% para 14,2%.

 

Investimento acelera

 

A boa notícia desta síntese económica de conjuntura está sobretudo no investimento, já que o indicador de formação bruta de capital fixo (FBCF) "aumentou significativamente, em resultado do contributo positivo das componentes de material de transporte e de máquinas e equipamentos e do contributo negativo menos acentuado da componente de construção".

 

O indicador de FBCF "aumentou expressivamente" em Outubro, com uma taxa de crescimento de 1,9% em Outubro depois de quebras nos meses anteriores, atingindo assim o valor mais elevado desde Fevereiro de 2008.

 

Entre os vários indicadores do INE para medir a evolução do investimento, as vendas de cimento registaram uma queda menos intensa (-5,1%) e o crescimento das importações de máquinas acelerou (8,5%).

 

O comércio internacional de bens foi a outra frente onde a evolução em Outubro foi positiva. As exportações e importações apresentaram variações homólogas de 4,1% e 2,0% em Outubro, com as vendas de bens ao exterior a acelerarem o crescimento e as compras a crescerem a um ritmo mais baixo.

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