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Economia alemã com maior crescimento em dois anos
O primeiro trimestre saiu melhor que as expectativas dos analistas, puxado pelo consumo interno e investimento do Estado. Mas o Banco Central já avisou que pode ser sol de pouca dura.
O produto interno bruto da maior economia europeia arrancou o ano com o maior crescimento dos dois últimos anos.
No primeiro trimestre de 2016 face ao anterior, o PIB germânico cresceu 0,7% (valores ajustados à sazonalidade), um valor que ficou acima dos 0,6% aguardados pelos economistas sondados pela Bloomberg. Em relação ao período homólogo (primeiro trimestre de 2015), a evolução da economia foi de 1,6%, anunciou o gabinete federal alemão de estatísticas.
A sustentar o avanço continua o efeito da baixa taxa de desemprego no crescimento do rendimento das famílias, aumentando o valor disponível para o consumo interno, a que se juntam os esforços do Banco Central Europeu para reanimar a baixa inflação na Zona Euro. Mas também o sector público está a ter o seu papel.
"As famílias e o Estado aumentaram os seus gastos de consume no início do ano. (…) Houve um aumento considerável do investimento em construção e equipamentos", refere um comunicado do instituto estatístico, citado pela Bloomberg.
As preocupações com o abrandamento da segunda maior economia do mundo, a China, e aos sinais internos de crescimento mais moderado da própria Alemanha levam contudo o banco central (Bundesbank) a antecipar um segundo trimestre de crescimento mais modesto, para o que contribuem também dados recentes de queda na produção industrial e das importações.